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Outubro Rosa 2022

Eliezer Ferreira dá entrevista sobre a Campanha Salarial

Embora o sindicato dos Bancários de Feira de Santana ainda esteja em inicio de Campanha Salarial  a data  base é o mês de setembro, a categoria já prevê o pior, a possibilidade de uma greve em nível nacional. A informação é do presidente do Sindicato em Feira, Eliezer Ferreira. Ele e alguns colegas de diretoria estiveram em São Paulo semana passada, participando de encontros para tratar dos acordos salariais que devem ser discutidos nas próximas semanas com o Banco do Brasil, com a Caixa Econômica Federal e os demais bancos.
 O reajuste que a categoria aprovou na Bahia, conforme Ferreira, para ser reivindicado aos banqueiros, era de 15% a 16,5%, mas em São Paulo houve um consenso da categoria para um pleito de 13,23%, o que corresponde a inflação do período mais 5% de ganho real, " O que queremos é um valor que vai corresponder ao ganho que a categoria tem dado ao banco ao longo desses anos. Não queremos uma participação significativa. Não dá para somente trabalhar e adoecer" , reclama o bancários.
Além do percentual de reajuste, este ano os bancários vão dar mais ênfase a um aumento na Participação nos Lucros e Resultados. A meta é obter o correspondente a três salários , mais 3.500,00 para todos. Também serão valorizadas conquistas como salário educação e o Plano de Cargos e Salários, já que alguns bancos não possuem.
 Eles também reivindicam mais segurança nas agências para os  clientes e bancários, alem do contrato de novos funcionários.
" Nós queremos o salário educação que o Bradesco, por exemplo, nega peremptoriamente. O banco exige nível universitário, mas na hora de dar o salário educação, que vários bancos já dão, ele se nega a fazer isso" , protesta.
 Anteriormente, os bancários tinham uma participação de 5% no lucro liquido dos bancos  percentual que era distribuído a todos os funcionários. Agora eles estão mudando essa regra e propondo uma PLR de três salários, mais R$ 3.500,00. "A PLR é uma forma de o banco retribuir nosso esforço. Muita gente está adoecendo pelo assédio moral, pelo ritmo acelerado e pressão de superiores" , declarou, em entrevista ao programa Primeira Pagina, na radio Povo AM.
 "Sabemos que os banqueiros, como são casquinhas, os piores patrões em relação ao direito dos trabalhadores. Eles vão dizer que isso é demais. Mas nunca é demais para quem ganha bilhões", afirma Eliezer.
 A categoria deseja garantir junto aos bancos, que seja instalada uma porta de segurança antes do auto-atendimento.
"Estamos vendo assaltos e seqüestros acontecendo e o banco não toma uma providência", critica o presidente.

COMPREENSÃO

 No encontro de nível nacional entre os dirigentes dos sindicatos dos bancários, a categoria debateu sobre as dificuldades para firmar acordo salarial com os patrões. Imaginamos que vai acontecer um longo embate diante dessa postura que tem tido os banqueiros em apenas acumular lucros estratosféricos. No momento de nosso reajuste eles querem, quando muito, 1% ou 0,5% alem da inflação, afirma.
 Ferreira acrescenta que os bancários vão entregar a proposta aos banqueiros no próximo dia 13. Depois disso, eles vão aprovar um calendário para iniciar a negociação, mas já sabem que a pauta de reivindicações será rejeitada. " Nós já vimos que  diante de nossa pedida, vamos encontrar a costumeira resistência dos nossos banqueiros.
 Para isso nós estamos dizendo que é preciso fazer greve", declara.
 Ele pede, desde agora, a compreensão da população " que também sofre lá dentro das agências nas filas desrespeitosas e absurdas". O lema da campanha salarial dos bancários será: " bancários e clientes em primeiro lugar".

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