Funcef supera meta e afasta risco de novo equacionamento
Ótima notícia para os associados da Funcef. Os resultados até setembro de 2025 apontam rentabilidade acima da meta em todos os planos, com equilíbrio técnico ajustado positivo de R$ 831,8 milhões no REG/Replan Saldado. As informações foram passadas em reunião com a Fenae na última sexta-feira (14/11).
De janeiro a setembro, todos os planos da Funcef ficaram acima da meta atuarial.
REG/Replan Saldado: 8,18% (meta: 7,29%)
Demais planos, com meta de 7,36%:
REG/Replan Não Saldado: 8,22%
Novo Plano BD (Benefício Definido): 8,66%
REB BD (Benefício Definido): 8,29%
Novo Plano CD (Contribuição Definida): 10,27%
REB CD (Contribuição Definida):10,86%
Solvência do REG/Replan Saldado
No REG/Replan Saldado, o resultado acumulado em 2025 chega a R$ 379 milhões. Esse desempenho reduziu o déficit não equacionado de R$ 4,7 bilhões, ao fim de 2024, para cerca de R$ 4,35 bilhões. Quando se considera o efeito dos títulos públicos de longo prazo, boa parte com vencimentos entre 2030 e 2060, indexados ao IPCA+ com taxa média em torno de 6% ao ano, o equilíbrio técnico ajustado do plano passa a ser positivo em R$ 831,8 milhões. O valor distancia o limite que obrigaria um novo equacionamento, hoje em R$ 4,69 bilhões.
Estudos de liquidez e solvência apresentados pela área técnica também mostram outra mudança positiva. Pelas projeções feitas em 2023, o REG/Replan Saldado só alcançaria plena solvência por volta de 2040. Com as mudanças implementadas, como revisão da política de investimentos, redução da renda variável, aporte antecipado da Caixa referente à redução do equacionamento, compra de títulos públicos marcados na curva, o índice de solvência foi antecipado em oito anos, para 2032.
Outros planos
Os planos BD do Novo Plano e do REB também apresentaram evolução. No Novo Plano, o superávit já alimenta a reserva de contingência, hoje em torno de 3,6%. No REB, esse percentual supera 31%, acima do limite regulamentar de 19%. No caso do REB, isso significa que, caso essa situação se mantenha, parte do superávit será, futuramente, distribuída entre os participantes e a Caixa.
Ajuste da meta atuarial - O presidente da Fenae avaliou, contudo, que a mudança para um cenário positivo não elimina o debate sobre o ajuste da meta atuarial, tema que impacta os resultados financeiros dos planos.
“Os números apresentados mostram uma recuperação importante da Funcef, com superávits sucessivos, equilíbrio técnico ajustado positivo e antecipação da solvência. Mas é muito importante reajustar a meta, afinal, estamos em um cenário em que a carteira já entrega, na média, IPCA+6% ao ano” avaliou Sergio Takemoto.
Acordo de Leniência – Ricardo Pontes, presidente da Funcef, explicou a situação do acordo de Leniência da J&F, que teve sentença proferida pela 10ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, em primeira instância, determinando recálculo da multa de R$ 10,3 bilhões de valores. Pontes informou que a Fundação vai recorrer da decisão.
Devolução de valores sobre 13º - Uma boa notícia para os participantes do REG/Replan Saldado será sentida no contracheque de novembro. A Funcef vai devolver mais de R$ 10 milhões aos participantes do REG/Replan Saldado em razão da redução da alíquota do equacionamento.
Para o diretor de Benefícios (Diben) eleito da Funcef, Jair Pedro Ferreira, eleito pelos participantes, o resultado expressa o compromisso da diretoria com o equilíbrio dos planos e com a busca constante de alternativas que reduzam o peso das contribuições extraordinárias.
Fonte: Fenae

