Postura do Santander frustra os funcionários

Frustação total. Assim foi a sexta rodada de negociação específica entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Santander, realizada nesta quarta-feira (11/9), em São Paulo. Apesar da cobrança da COE por uma proposta global, a reunião terminou sem avanços significativos, uma vez que a proposta apresentada ficou muito aquém das expectativas.

Para começar, o Santander manteve a política de diferenciação entre os funcionários do Brasil e da Espanha. Enquanto os trabalhadores espanhóis gozam de benefícios como isenção de tarifas, taxas de juros diferenciadas para linhas de crédito, os funcionários brasileiros não têm este direito.

Na mesa, o banco causou ainda mais indignação, com a proposta de compensar o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o que representaria a retirada de direitos dos funcionários. Um absurdo!

Outra coisa frustrante, foi que o banco concedeu a isenção da coparticipação do plano de saúde para os funcionários PCD, com doenças crônicas, degenerativas e AIDS. Porém, se recusou a estender o benefício para filhos dos trabalhadores com os mesmos problemas, com destaque para os neurodivergentes.

Os representantes dos trabalhadores também pressionaram por uma solução para os problemas enfrentados com os planos de saúde em diversos estados do Brasil. Na Bahia, por exemplo, os bancários do Santander sofrem com a falta de atendimento desde a troca do plano de saúde em fevereiro. Mas, o banco não trouxe respostas para o problema.

Ao final da reunião, a COE reforçou a cobrança para que o banco apresente uma proposta global às reivindicações dos funcionários na próxima reunião.

O vice-presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, José Antônio dos Santos, participou da negociação com o Santander de forma virtual, enquanto o diretor do Sindicato da Bahia Adelmo Andrade, estava presencialmente em São Paulo.