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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

BNB: negociação por vídeo-conferência não apresenta avanços

Na tarde da última quarta-feira, 20 de fevereiro, as entidades representativas do funcionalismo se reuniram na sede do Sindicato dos Bancários de Alagoas para mais uma negociação da mesa permanente. A reunião ocorreu por vídeo-conferência, estando os representantes do BNB em Fortaleza-CE.

Na ocasião, o diretor Administrativo do BNB, Oswaldo Serrano, foi apresentado às entidades representativas. Ele manifestou interesse em acompanhar as negociações e afirmou estar aberto ao diálogo com as entidades. O diretor disse ainda que está tomando conhecimento dos projetos em andamento e que as prioridades do momento são o Ponto Eletrônico e o Plano de Funções.

"A AFBNB espera que o Diretor, de fato, contribua para a solução das grandes demandas funcionais dos benebeanos, como o fim do trabalho gratuito no BNB, as precárias condições de trabalho nas agências do interior dos Estados, o novo plano de previdência da CAPEF, a modernização do parque tecnológico do Banco e a construção de um Plano de Funções coerente, com transparência nos comissionamentos e movimentações de pessoal", destaca o diretor Administrativo da AFBNB, Assis Araújo.

Confira alguns pontos discutidos:

1)      Assinatura do Acordo Coletivo 2007/2008: Continua sob análise, em Brasília, e o Banco se limitou a dizer que deverá ter uma previsão da data da assinatura na próxima semana. Dessa forma, continuam pendentes o empréstimo de férias e a possibilidade de venda das folgas.

2)      Pagamento da 2ª parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR): Cobrado sobre maior rapidez no pagamento, o Banco usou o já conhecido argumento de que o mesmo se dará após a Assembléia Geral dos Acionistas, que ocorrerá no final de março. O pagamento, portanto, ficaria para abril. Questionado sobre a possibilidade de adiantamento, o BNB ficou de fazer uma análise. A AFBNB espera que a resposta seja positiva, em consonância com o pedido do corpo funcional.

3)      Processo de demissão do diretor da AFBNB, Wagner Fernandes: O representante da Contraf-CUT, Marcos Vandaí, questionou o Banco sobre a medida e enfatizou a luta das entidades representativas na defesa do emprego de Wagner Fernandes, diretor da AFBNB e delegado sindical de sua unidade (Quixeramobim-CE), solicitando abertura da Instituição para negociar o caso. O Banco se apresentou pronto a negociar, bastando para tal marcar uma data. A AFBNB entende o caso como uma perseguição política ao funcionário, que se opôs fortemente à implantação do PCR, de natureza mercadológica, não condizente com um Banco de Desenvolvimento.

4)      Criação de benefícios equivalentes à Licença-Prêmio: Sobre o conjunto de benefícios que visam substituir a Licença-Prêmio, o Banco se limitou a dizer que qualquer ação nesse sentido deve passar por avaliação de impacto financeiro e pela autorização do Governo Federal.

5)      Novo plano de previdência da CAPEF: O Banco informou que o plano CV está sendo enviado para o Ministério da Fazenda. Disse ainda que o GT CAPEF se reunirá no dia 27/02 para tratar mais especificamente do plano BD - e apresentará relatório. Miguel Nóbrega, diretor da AABNB, criticou a direção do Banco pela falta de atitude para solucionar os problemas dos planos CAPEF.

6)      Plano de Funções: O esboço do Plano de Funções, entregue às entidades representativas do funcionalismo em janeiro último, ainda está sob processo de análise. A AFBNB destaca que, além de ser discutido pelas entidades, o Plano também deverá passar por amplo debate no seio do funcionalismo, de modo que seja discutido democraticamente. "O Plano de Funções, conquanto de responsabilidade do Banco, deve primar por coerência e justiça. Ele deve, no mínimo, estabelecer equiparação entre as funções da Direção Geral e agências", ressalta Assis Araújo, diretor da AFBNB.

7)      Uso da Internet: Sobre a forte restrição ao uso das Internet por parte dos funcionários, o Banco argumentou risco de invasão e vulnerabilidade. A AFBNB defende que o uso seja retornado a todos os funcionários e que os excessos sejam tratados caso a caso. O Banco deve também abrir uma ampla discussão sobre a questão com os funcionários.

8)      Ponto eletrônico: Nada de novo foi apresentado em relação ao ponto eletrônico. Na ocasião foi destacado que, no processo de implantação do mecanismo, é preciso priorizar as agências do interior - unidades que mais sofrem com o abuso de horas-extras sistemáticas e não pagas. Sobre esta questão, a AFBNB destaca que o mais importante é combater o trabalho gratuito no Banco.

9)      Condições de trabalho: O diretor da AFBNB, Assis Araújo, que realizou nesta semana visitas às unidades do interior de Alagoas, denunciou as precárias condições de trabalho nas unidades. "Com exceção de Batalha e Palmeira dos Índios, todas as outras precisam de melhorias e reformas", apontou o diretor. O Banco ficou de averiguar e dar os devidos encaminhamentos. "Isso é urgente", alertou.

10)   Outra denúncia diz respeito ao superintendente estadual de Alagoas, que está pressionando os funcionários pelo cumprimento de metas, utilizando-se de ameaças que se configuram como assédio moral. A AFBNB destaca que é preciso combater este mal que ainda é uma realidade dentro do Banco. Gestor tem que saber estimular o trabalhador, dialogar da melhor forma possível - e não colocar o funcionário contra a parede, ameaçando perda da função ou transferência.

11)   Avaliação: A AFBNB não avalia as negociações por vídeo-conferência de modo positivo. Para a Associação, elas devem acontecer de forma presencial, com patrão e trabalhadores frente a frente. As principais questões continuam sendo postergadas, podendo-se constatar quase nenhum avanço. Entendemos que o Banco deve se esforçar para dar melhor resposta às inquietações dos funcionários.

Fonte: AFBNB

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