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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Caixa anuncia que pagará segunda parcela da PLR nesta semana

Anúncio foi feito durante rodada de negociação com a Contraf/CUT e com a Comissão Executiva dos Empregados. Reunião também tratou sobre o PCS


Na rodada de negociação com a Comissão Executiva dos Funcionários da Caixa (CEE/Caixa) e o banco, realizada na última sexta-feira (dia 29 de fevereiro) em Brasília (DF), a empresa anunciou que pretende efetuar o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), possivelmente ainda esta semana. Com isso acata reivindicação feita pela representação nacional dos empregados.

No caso da PLR, pelo acordo coletivo firmado no ano passado, o valor a ser creditado aos empregados que não recebem comissão é de 40% de um total de R$ 4.100,00, correspondente a R$ 1.640,00. Para os comissionados, o valor também é de 40% com total de R$ 4.362,84, o que equivale a R$ 1.745,14. A primeira parcela foi depositada no ano passado e correspondeu a 60% do valor total.

Outros pontos tratados na reunião foram os seguintes:

PCS
Não houve novidade. Na ocasião, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) reafirmou que não vão admitir nenhuma vinculação do PCS com a obrigatoriedade de adesão ao saldamento do REG/Replan e ao Novo Plano da Funcef, conforme prevê proposta preliminar apresentada pela empresa em 20 de dezembro do ano passado.

Foi lembrada ainda à Caixa que a proposta de incorporar os R$ 30,00 da campanha salarial de 2004, pagos a quem ganhava até R$ 1.500,00 de forma linear, no salário de cada empregado, antes de eventual migração para a nova tabela, contraria o que foi negociado na campanha salarial do ano passado. O acordo negociado naquela ocasião previa a incorporação desse valor como índice de correção no teto (referência 95 do PCS antigo). A CEE/Caixa mostrou os riscos da incorporação da Vantagem Pessoal por Tempo de Serviço (1/12 do salário padrão), que em um primeiro momento poderá representar um teto maior, mas que depois significará uma diminuição nos vencimentos dos empregados antigos, em relação ao que foi negociado na campanha salarial de 2007.

A CEE/Caixa cobrou também negociação sobre os critérios de promoção por merecimento e sobre a quantidade de níveis que serão adotados na nova tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). A Caixa informou não ter ainda posição a respeito desses assuntos. Alegou que tanto a promoção por merecimento quanto a quantidade de níveis serão discutidos com o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), possivelmente na primeira quinzena de março. Passada essa fase, nova negociação será agendada com a representação nacional dos empregados, na segunda quinzena de março.

Emprego
Na negociação da semana passada, a CEE/Caixa cobrou posição da empresa no que se refere à destituição de cargos de gestores que possuem ação judicial contra a Caixa. Mais uma vez os representantes da Caixa afirmaram que essa não é uma diretriz da empresa. Foi reivindicada a investigação das diversas situações, ocorrendo práticas desse tipo até na Matriz em Brasília. Constadas as ocorrências de tais retaliações, a reivindicação é para a Caixa restituir os cargos para os empregados vítimas desse processo.

A representação nacional dos empregados questionou ainda a ocorrência da prática de impedir a entrada de clientes nas agências, obrigando-os a fazer suas operações em casas lotéricas e outros correspondentes bancários. A denúncia é de que isso vem acontecendo de forma generalizada em todo o país. Em São Paulo, por exemplo, em curso de "auto-atendimento", os instrutores orientam explicitamente os empregados a impedirem a entrada de clientes nas agências. Na cidade de Recife (PE), algo semelhante ocorre, pois várias agências estão colocando cartazes orientando os clientes a realizar operações inferiores a R$ 1 mil fora da agência. Em resposta a esses questionamentos, a Caixa afirmou não ter qualquer orientação a esse respeito e ficou de verificar os fatos relatados. A empresa disse ainda que pretende orientar as áreas responsáveis, para que essa prática seja alterada.

RH 031
Houve questionamento sobre as alterações na RH 031, normativo que disciplina a cessão de empregados para exercerem cargos eletivos (vereador - prefeito - deputado etc.). Antes, o empregado tinha liberdade para exercer seu mandato, com retorno a posto de trabalho na empresa após o término do prazo, mantendo assim, por exemplo, a contagem de tempo de serviço e o vínculo com o Saúde Caixa. Com as alterações na RH 031, o empregado se desvincula totalmente da Caixa e perde esses e outros direitos.

A respeito dessa questão, a CEE/Caixa deixou claro que a nova orientação contraria o direito dos empregados de participarem diretamente da vida política do país, o que também beneficia a própria Caixa, que terá representantes para defender seus interesses de banco público e seus empregados. Os exemplos citados foram o de Nedson Micheletti (prefeito de Londrina/PR) e Wellington Dias (governador do Piauí). Os representantes da Caixa concordaram com os questionamentos da Contraf/CUT - CEE/Caixa, disserem não ter informações sobre o assunto e ficaram de obter mais detalhes junto à área gestora (Geret), ficando de dar um retorno em breve.

Mais empregados
Na negociação da semana passada, os representantes dos empregados apresentaram avaliação de que o processo de contratação de pessoal está muito lento. Prova disso é que a empresa não cumpriu item negociado na campanha salarial, de contratar três mil novos empregados em 2007. A alegação da Caixa é de que vem operando mudanças na estrutura de retaguarda das agências. Uma vez concluído esse processo, a empresa pretende retornar com as contratações, mas não há previsão de quando esse trabalho será concluído.

Foi solicitada maior agilidade em todo esse processo, de modo a desafogar os trabalhadores. A Caixa teve um aumento em suas atribuições, com o Bolsa Família e outros programas do governo federal, mas o número total de empregados se manteve praticamente o mesmo. Enquanto isso, as entidades sindicais e associativas continuam mobilizadas em todo o país na campanha "Mais empregados para a Caixa - Mais Caixa para o Brasil", lançada pela Fenae, Apcefs e sindicatos de bancários.

No que se refere ao cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público do Trabalho, em que a Caixa se comprometeu em substituir a terceirização das Ret/PVs até 30 de junho deste ano, os representantes da empresa informaram que há a pretensão de cumprir o acordo. A Caixa só procurará o MPT para renegociar novo acordo, caso encontre dificuldades em cumprir o prazo.

Greve de 2007: dias parados
Em relação ao desconto de quatro dias nos contracheques dos empregados de Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), que fizeram greve em 10 de outubro de 2007, diferentemente de outras bases sindicais, a CEE/Caixa voltou a manifestar sua inconformidade com os termos da CI divulgada pela Caixa, que afirma equivocadamente que esse desconto dos dias parados estava negociado com a representação dos empregados. A empresa reconheceu o equívoco dessa informação e afirmou que lançará uma correção do comunicado.

A representação nacional dos empregados questionou o fato de a falta ter sido considerada injustificada, o que provocou o desconto do fim de semana. A Caixa ficou de consultar seu departamento jurídico sobre o assunto.

13ª cesta para os aposentados
A Caixa informou que pagará a 13ª cesta-alimentação para os aposentados que já asseguraram o direito judicialmente, mediante análise de cada um dos processos. O levantamento dos casos já foi concluído e os pagamentos serão liberados tão logo haja a constatação de que eles são devidos. Existem, hoje, 344 aposentados que já adquiriram o direito à cesta-alimentação.

Sipon
A representação nacional dos empregados solicitou que a próxima reunião trate da retomada do debate sobre o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), uma vez que não houve mais discussão sobre o tema e ainda persistem vários problemas a ser solucionados.

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