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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Crédito bancário atinge maior nível em 12 anos, aponta Banco Central

LÍSIA GUSMÃO
Colaboração para a a Folha Online, em Brasília


A economia aquecida mantém o crédito em expansão. Em outubro, a oferta de dinheiro no mercado atingiu 34% do PIB (Produto Interno Bruto), informou nesta terça-feira o Banco Central, o que significa um aumento de 0,7 ponto percentual em relação a setembro. As operações de crédito oferecidas pelo sistema financeiro somaram R$ 880,8 bilhões, crescimento de 2,8% no mês.

Segundo o BC, trata-se do maior volume oferecido desde junho de 1995, quando a oferta de crédito atingiu 34,7% do PIB --o recorde ainda é de janeiro de 1995, com 36,8% do PIB. Nos últimos 12 meses, os empréstimos do sistema financeiro tiveram crescimento de 26,3%.

"O crédito continua crescendo a taxas significativas", disse o chefe do Depec (Departamento Econômico) do Banco Central, Altamir Lopes, apontando causas sazonais para a expansão do crédito, como a proximidade do Natal.

Em relação apenas às operações com recursos livres, o volume em outubro somou R$ 619,4 bilhões, alta de 2,8% na comparação com setembro e de 30,1% sobre outubro do ano passado.

De acordo com Lopes, o destaque do ano ainda é o leasing para compra de veículos, usado mais por pessoas físicas. "A linha de leasing cresceu 11,4% em outubro, vinculada às vendas de veículos, que avançaram 6,1% no mês passado", informou.

Juros

Também hoje o BC informou em seu relatório que os juros para pessoas físicas recuaram no mês de outubro. A taxa média caiu de 46,3% ao ano para 45,8% ao ano no mês passado.

Já a taxa geral passou de 35,5% ao ano para 35,4% ao ano, o menor valor da série histórica iniciada em junho de 2000. O recuo, segundo o Banco Central, refletiu a queda nas taxas para pessoas físicas.

Os juros no crédito pessoal apresentaram em outubro uma queda de 0,5 ponto percentual, para 48,9% ao ano. Dentro dessa modalidade está o crédito consignado --desconto em folha de pagamento--, que ficou em 30,5% ao ano.

Na aquisição de veículos, a taxa caiu apenas 0,2 ponto percentual, para 28,4% ao ano --o que explica em parte o aumento do volume emprestado. Em 12 meses, a redução atinge 4,6 pontos percentuais. A taxa para a aquisição dos demais bens sofreu recuo de 0,5 ponto percentual, passando para 54,7% ao ano no mês passado.

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