Expectativa de vida do brasileiro cresce para 72,3 anos em 2006
CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A expectativa de vida do brasileiro ao nascer passou de 71,9 anos em 2005 para 72,3 anos em 2006, segundo informou nesta segunda-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em comparação a 1960, quando a atual metodologia da pesquisa passou a ser aplicada, a expectativa de vida do brasileiro cresceu 32,4%. Há 47 anos, a expectativa de vida era de 54,6 anos em média. De acordo com os dados de 2006, a expectativa das mulheres era de 76,1 anos e dos homens, de 68,5 anos.
Segundo o IBGE, alguns dos fatores que contribuíram para esta mudança foram a "melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, as campanhas de vacinação, o aumento da escolaridade, a prevenção de doenças e os avanços da medicina".
A pesquisa verificou, pela primeira vez, os dados regionais em relação à esperança de vida no Brasil. O Distrito Federal teve a mais alta taxa, com média de 75,1 anos. Já Alagoas, com média de 66,4 anos, ocupou a pior posição.
Para os homens, a maior esperança de vida é a em Santa Catarina (71,8 anos) e a menor, Alagoas (62,4 anos). No caso das mulheres o Distrito Federal se destaca (78,9 anos), enquanto, novamente, Alagoas fica na base da lista com 70,4 anos.
Mortalidade
A taxa de mortalidade infantil em 2006 foi de 24,9 óbitos a cada mil nascidos vivos. Assim, entre 1980 e 2006, a taxa de mortalidade infantil reduziu-se em 64%, sendo que há 46 anos a taxa era de 69,1 mortes a cada mil.
O Estado com a maior taxa de mortalidade foi Alagoas, com 51,9 mortes por mil nascidos, enquanto o Rio Grande do Sul apresentou a melhor média neste indicador, com 13,9.
O Ceará conseguiu a maior redução no período estudado (72,4%), passando de 111,5 mortes a cada mil nascimentos para 30,8.
O IBGE ressalta, porém, que a após os anos de 1960, a intensificação do processo de urbanização do país resultou no crescimento das diferenças entre a mortalidade masculina e feminina, com maior incidência de mortes por causas externas entre os homens, principalmente os jovens e adultos.
Entre 1960 e 2006, a sobremortalidade masculina cresceu principalmente na faixa dos 20 aos 24 anos. Em 1960, a chance de um homem com 20 anos de idade morrer antes de passar para o grupo etário seguinte (25 a 29 anos) era 1,1 vez maior que a de uma mulher do mesmo grupo etário. Já em 2006, a chance masculina aumentou para 4,1 vezes.