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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Insatisfação no BB

O Banco do Brasil começa 2008 em dívida com os empregados. O compromisso de reabrir as discussões sobre pendências como PCS, PCC, isonomia, banco de horas e substituições, assumido em novembro, pelo vice-presidente da empresa, Luís Osvaldo, e o superintendente regional, Rodrigo Nogueira, em reunião com representantes da Federação dos Bancários e sindicatos da Bahia, não foi cumprido. Até agora, o BB não se movimentou para debater pleitos antigos e protelados todos os anos.

Durante a reunião, os bancários cobraram ações que contribuam para a melhoria das condições de trabalho, com a ampliação de agências e novas contratações. As críticas à política do BB, sobretudo com relação ao Plano de Reestruturação, são ainda mais justificáveis. A empresa adotou programas de aposentadorias e “demissões voluntárias” sem atentar para a necessidade de, justamente, aumentar o número de funcionários e unidades para atender, de forma preparada e organizada, as 260 mil contas do governo estadual, transferidas do Bradesco. Na Bahia, cerca de 500 aderiram aos programas.

Se a situação já era caótica nas agências do BB, agora piorou ainda mais. As filas quilométricas fazem da simples tarefa de pagar uma conta ou realizar qualquer serviço bancário um sufoco. Cada vez mais empurrados para os caixas de auto-atendimento e operações on line, os clientes pagam o “pato” pela irresponsabilidade do BB, que opta por transferir os serviços que deveria executar para estabelecimentos como farmácias, mercados e agências lotéricas, sistema conhecido como bancarização.

O Sindicato dos Bancários da Bahia tem denunciado o caos no BB e a falta de diálogo que propicie mudanças positivas ao funcionalismo e à clientela.

Principalmente por ser um banco público, o BB deveria ter o compromisso de investir no desenvolvimento do Brasil, com geração de emprego e renda, diminuindo tarifas e ampliando o número de agências, mas insiste em se comportar como uma empresa privada, preocupada prioritariamente com a disputa por mercado e lucro. Esta visão não interessa ao cliente, ao bancário e muito menos contribui para o crescimento sustentável do país.

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