Planos de saúde podem aumentar até 18%

Depois do governo aumentar os preços dos medicamentos em 10,8%, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve autorizar um reajuste entre 15% e 18,2% nas mensalidades dos planos de saúde. Este será o maior aumento nas duas últimas duas décadas.

O atual recorde de aumento no preço dos planos de saúde é de 13,57%, em 2016. No ano passado, os planos individuais tiveram um desconto de 8,2%, devido à redução da demanda para uso dos serviços médicos oferecidos em 2020.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) informou que diversos fatores influenciam no aumento dos planos de saúde. Por exemplo, o aumento dos preços de medicamentos e insumos médicos, o crescimento da utilização de recursos dos planos e incorporação de novas coberturas obrigatórias, como medicamentos e procedimentos. A FenaSaúde alerta que são esperados ainda os impactos de tratamentos da chamada covid longa. Segundo a OMS, as sequelas atingem 10% a 20% dos que contraíram a doença, o que significa até 6 milhões de pessoas no Brasil.

O reajuste vai tornar ainda mais difícil a vida de milhões de brasileiros que têm planos individuais ou familiar. Muitos terão que desistir do plano, por não ter mais como arcar com os custos.

O aumento vai impactar também diretamente a inflação dos próximos meses.