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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Privatização da Amazônia é lamentável, afirma Aziz Ab'Saber

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou na segunda-feira (24) numa conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, a privatização de áreas da floresta amazônica. A primeira a ser licitada fica na região do Jamari (RO). A unidade possui 220 mil hectares, dos quais 90 mil hectares serão privatizados.


A ministra defende que a privatização terá como alvo a exploração sustentável da floresta por meio de empresas nacionais e ressaltou que a medida ajudará no combate à grilagem de terras na região. Mas especialistas como o geógrafo Aziz Ab'Saber criticam a medida. "É lamentável que no momento em que o país inteiro faz um movimento para quebrar a privatização absurda da companhia Vale do Rio Doce, alguém lá do Ministério do Meio Ambiente, assessorado por idiotas, resolve fazer uma primeira concessão de áreas florestais para [uso de] particulares", afirma o pesquisador.


Para ele, a exemplo do que aconteceu com a Vale do Rio Doce, a privatização trará renda apenas para os intermediadores do comércio dos produtos da floresta com o mercado nacional e estrangeiro. Aziz afirmou que o argumento de evitar grilagens é precário e que o Ministério do Meio Ambiente não terá controle sobre a extração de produtos, porque nunca desenvolveu nenhum projeto de exploração sustentável na região.  "Dizer que ao invés de possibilitar grilagens na floresta é melhor fazer uma privatização parcial, significa dizer que o ministério não tem condições de fazer uma fiscalização de áreas florestais mais contínuas. Eles dizem sempre que vão conceder desde que haja uma ocupação auto-sustentada, só que nem eles sabem como fazer uma ocupação auto-sustentada piloto na Amazônia".

(Radioagência NP)

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