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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Reintegrada funcionária da Caixa demitida pela RH 008 em Sergipe

edivaldina_capaMaria Edivaldina dos Santos foi uma das demitidas da Caixa Econômica Federal durante a implementação da medida RH 008 pelo Banco. Dinha, como ela é conhecida, conseguiu ser reintegrada depois de sete anos de afastamento, e já está em processo de readaptação na agência de Nossa Senhora da Glória.


O RH 008 foi proposto a Edivaldina, em 1997, para ela trabalhar durante três anos em São Paulo. "A Caixa fez uma proposta pros funcionários que era vantajosa. Dava carta de crédito, R$ 20 mil para a viagem e estadia de 30 dias. Como eu já era viúva, fui", lembra ela.


Em maio de 2000, terminando o prazo dado pela Caixa, Edivaldina foi dispensada. Quando foi demitida, estava com 18 anos de empresa, incluindo o tempo do antigo BNH, onde ela entrou em 1982. "Eu pedi pra voltar e me deram demissão sem justa causa. A justificativa foi falta de produtividade. Tinha que vender produtos, para a agência que eu trabalhava adquirir pontos no final do ano", informa Edivaldina.


Naquele período, o sindicato local fez um grande ato de manifestação contra a saída dos funcionários. Teve até abaixo-assinado feito pelos clientes para que os funcionários retornassem. Edivaldina trabalhava na Agência Vila Mariana, de onde foi demitida também Nelma Célia de Oliveira, de Florianópolis (SC), com 24 anos de Caixa. "Assim que me demitiram, procurei o Sindicato, dei entrada no processo e vim embora pra Aracaju. O Sindicato lá em São Paulo me ajudou bastante", lembra Edivaldina.


Nos últimos anos, Edivaldina viveu da renda que obteve com a rescisão do trabalho. Ela pagou o INSS e se aposentou. Durante esse tempo o processo ficou rolando na Justiça. Ela ganhou na 1ª Instância, mas a Caixa recorreu e ganhou. A advogada dela também recorreu. Em novembro do ano passado, a Caixa chamou para fazer um acordo.


"O acordo era pra voltar a trabalhar, sem ônus. Só o tempo de serviço continuava valendo. Eu aceitei", diz ela. Dos demitidos, 22 aceitaram o acordo - sua colega Nelma não aceitou e continua esperando a decisão da Justiça. Edivaldina retornou ao trabalho, desde o dia 16 de outubro, e está fazendo abertura de contas.

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