Reajuste salarial ou greve!

A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a bancários e bancárias do nosso país é inaceitável. Os empresários do setor financeiro representam o de maior lucratividade.

Atualmente, os bancos sequer mexem nos lucros para fazer o pagamento da folha dos funcionários. Paga-as apenas com as exorbitantes tarifas.

Juntos, os cinco maiores bancos no Brasil lucraram este ano 'uma bagatela' de mais de R$ 36 bilhões de reais, apenas no primeiro semestre deste ano. O que representa um crescimento de 27,3%, se comparado com o mesmo período em 2014.

A sociedade, clientes e usuários dos bancos, também precisa se indignar com a postura da Fenaban, que frustrou as expectativas. De forma irresponsável, apresentou uma proposta muito abaixo das necessidades econômicas da categoria e da inflação. Uma proposta que sequer repõe a inflação, hoje acumulada em 9,88%. Se aceitarmos, sairemos da Campanha Nacional dos Bancários 205/2016 com perdas de 4%.

Em troca do direito ao reajuste salarial, a Fenaban propõe os abonos salariais: um mecanismo de reposição de perda que burla a valorização do salário e da força do trabalho.

Os valores do abono não contribuirão para o INSS nem FGTS. Não terão impactos, por exemplo, em planos de saúde privados, ou na aposentadoria. Representarão sim em nova margem de lucro em cima dos funcionários e funcionárias.

Nesse sentido, o Comando Nacional dos Bancários orienta a categoria a rejeitar os 5,5% e deflagrar a greve geral a partir do dia 6 de outubro.

Exploração não tem perdão! Rumo à greve nacional!

 Ivânia Pereira é presidenta do SEEB/SE e funcionária do Banco do Estado de Sergipe (Banese)