Greve na Caixa: truculência e autoritarismo em Itabuna
A direção da Caixa na falta de propostas e argumentos que possam levar a composição de um acordo e ao fim do movimento grevista em curso, canaliza sua energia na utilização da força. Neste sentido ameaça vergonhosamente os bancários com ajuizamento do Dissídio Coletivo.
Em Itabuna também, espelhando-se na matriz, a pressão sobre os terceirizados que efetuam o serviço de retaguarda é monstruosa. Chegando as vias de fato na agência Itabuna, onde o gerente de atendimento ameaçou os companheiros terceirizados de tomar as providências (leia-se: solicitar o desligamento, ou seja, despedir; ou chamar a força policial). Tal atitude é realmente lamentável!
É bom lembrar que a Caixa é o único banco que utiliza mão de obra terceirizada para realizar serviços típicos de bancários e que já existe um Termo de Ajuste de Conduta prevendo o fim de tal irregularidade. Herança dos tristes e malfadados anos FHC.
Hipocrisia - é nas horas de crise e dificuldades que conhecemos os verdadeiros amigos ou pelo menos, as pessoas honradas. Quando a direção da Caixa determina suas metas, muitas vezes abusivas e conclama o corpo funcional a cumpri-las, o linguajar utilizado é: "colaboradores", "parceiros", etc. Porém, na hora de reconhecer o valor daqueles que contribuíram para a geração de um lucro semestral de R$ 1.716 bilhão, a resposta vem em forma de ameaças, truculência, autoritarismo e violência. Não existe outra reação a não ser fortalecer ainda mais o movimento paredista.