Maioria das ações trabalhistas passa ao menos um ano esquecida
São Paulo - Mais da metade dos processos que chegam à Justiça do Trabalho passa pelo menos um ano esquecida, de acordo com matéria publicada no site Consultor Jurídico. O texto baseia-se no levantamento Justiça em Números - Indicadores Estatísticos do Poder Judiciário, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça e divulgado na quarta-feira, dia 6.
Em 2006, após entrarem na justiça, 51,76% das ações passa um ano sem sequer serem analisados. Dos que vão para segunda instância, 29,12% leva o mesmo tempo engavetadas. Os casos que chegam ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) são os que mais demoram: 63,56% esperam ao menos 12 meses para entrarem na pauta. A pesquisa aponta ainda que 57,76% dos casos vão para segunda instância e 34,88% acabam no TST.
"Quem mais sofre com a morosidade da justiça é o trabalhador mais pobre, pois normalmente é o mais explorado pelo patrão e também o que mais precisa do dinheiro sonegado pelas empresas", diz Antonio Sabóia Barros Júnior, secretário do departamento jurídico do Sindicato.
Pilha - O levantamento aponta ainda que a situação tende a piorar, pois nem todos os processos que entraram na justiça do trabalho foram concluídos naquele ano, ficando cerca de 200 pendentes. Como o estoque dos anos anteriores já era de mais de 2,7 milhões, a pilha hoje conta com quase 3 milhões de casos ainda esperando uma solução.
André Rossi - 11/02/2008
Em 2006, após entrarem na justiça, 51,76% das ações passa um ano sem sequer serem analisados. Dos que vão para segunda instância, 29,12% leva o mesmo tempo engavetadas. Os casos que chegam ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) são os que mais demoram: 63,56% esperam ao menos 12 meses para entrarem na pauta. A pesquisa aponta ainda que 57,76% dos casos vão para segunda instância e 34,88% acabam no TST.
"Quem mais sofre com a morosidade da justiça é o trabalhador mais pobre, pois normalmente é o mais explorado pelo patrão e também o que mais precisa do dinheiro sonegado pelas empresas", diz Antonio Sabóia Barros Júnior, secretário do departamento jurídico do Sindicato.
Pilha - O levantamento aponta ainda que a situação tende a piorar, pois nem todos os processos que entraram na justiça do trabalho foram concluídos naquele ano, ficando cerca de 200 pendentes. Como o estoque dos anos anteriores já era de mais de 2,7 milhões, a pilha hoje conta com quase 3 milhões de casos ainda esperando uma solução.
André Rossi - 11/02/2008