Mortes de homens jovens por causa violenta chegam a 67,9%, diz IBGE
da Folha Online
O levantamento Estatísticas do Registro Civil, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e feito com dados colhidos em cartório em 2006, mostra que a morte de homens entre 15 e 24 anos por causas violentas (como homicídios e acidentes) respondeu por 67,9% do total de mortes nesta faixa etária em 2006, quase a mesma proporção que no ano anterior, quando 68,2% das mortes foram descritas como não naturais.
Ainda na faixa etária de 15 a 24 anos, mas considerando o número de mortes por 100 mil habitantes, a incidência mais elevada de mortes masculinas por Estado continua no Rio de Janeiro, com 216 óbitos por 100 mil habitantes, com pequena queda em relação ao observado para 2005 (229,6).
São Paulo está na 13ª posição entre os Estados, com 125,1 mortes violentas por cada grupo de 100 mil habitantes. O Piauí é o Estado menos violento, com 48,7 mortos para cada grupo de 100 mil.
Fora da faixa de 15 a 24 anos, a taxa de morte violenta cai. No geral, a proporção de óbitos masculinos relacionados a causas violentas ficou em 15,2% em 2006. Os Estados da Região Norte apresentam as mais elevadas proporções, como Rondônia (31,9%), Amapá (22%), Roraima (19,4%) e Pará (19,2%).
Os Estados do Centro-Oeste e Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba) também registraram valores superiores a 15%.
Entre as mulheres, cerca de 4% morreram por causa violenta. Entretanto, na região Norte os óbitos femininos por causas violentas chegou a 6,3% em 2006.
Segundo as estatísticas, a sobremortalidade masculina por causas violentas é 3,8 vezes superior à das mulheres. No Sudeste e Nordeste, especificamente, esta relação sobe para 4 vezes. Entre os Estados, Pernambuco e Rio de Janeiro apresentaram a maior taxa de sobremortalidade masculina por causas violentas (5,8 e 5,7 vezes, respectivamente).
Mortalidade infantil
Dos óbitos infantis registrados no país em 2006, 50,8% aconteceram no período neonatal precoce (menos de seis dias de vida), 15,9% no neonatal tardio (7 a 27 dias) e 33,3% no pós-neonatal (28 a 364 dias).
Considerando as três fases, o Nordeste (30,3%) e Norte (21,6%) concentraram mais registros, seguidos do Sudeste (15,3%), Sul (15,2%) e Centro-Oeste (16,6%).
A maior incidência de mortalidade neonatal precoce ocorreu no Norte (52,2%), enquanto o Nordeste teve mais óbitos na fase pós-neonatal (36,2%) e o Sul casos de morte neonatal tardia (17,5%).
Um em cada cinco partos no Brasil é de mãe adolescente, diz IBGE
da Folha Online
O índice de partos em mães adolescentes no Brasil representou 20,5% do total de nascimentos no país em 2006. O número teve uma ligeira queda em relação ao ano anterior (20,7%). A realidade entre as regiões brasileiras é desigual, e o percentual de partos em mulheres com menos de 20 anos chega a quase dobrar entre as diferentes unidades federativas.
Enquanto no Maranhão o índice de partos em adolescentes foi de 27,6%, no Distrito Federal ficou em 15,3%. Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com informações levantadas nos cartórios do país em 2006.
Nos últimos dez anos, segundo o levantamento, o índice de partos em adolescentes caiu em três regiões, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e aumentou em duas --Norte e Nordeste. No país, o número permanece praticamente estável desde 2002, quando o índice foi de 19,9%. Em 2006, os percentuais dos Estados do Sul e do Sudeste ficaram abaixo da média brasileira e dos demais, acima.
Nascimentos
No geral, a pesquisa mostra declínio de registros de nascimento. Em 2006 foram registrados 2.799.128 milhões de nascimentos em todo o país em 2006, cerca de 75 mil a menos do que no ano anterior (2.874.753 milhões), ou seja, uma queda de 2,6%.
Só na região Norte houve aumento do número de registros (254,5 mil), 417 a mais do que em 2005 (254,1 mil), sendo que se concentraram no estados do Amapá (11,4%), Roraima (8,2%), Pará (1,4%) e Tocantins (0,3%).
Em termos absolutos, o ano com a maior quantidade de nascimentos registrados foi 1999, quando uma campanha nacional de registro civil foi o grande propulsor da elevação dos registros.
De acordo com o IBGE, quanto ao local de nascimento, 96,7% dos registros ocorreram em hospitais, à exceção do Acre, Amazonas, Pará e Maranhão, com percentuais de nascimentos em hospitais inferiores a 90%.
Em relação aos registros tardios, houve crescimento significativo dos nascimentos ocorridos em domicílios, passando de 1,7% nos ocorridos e registrados em 2006 para 20,0% entre os postergados.
No Acre, 42,1% dos registros tardios foram de nascimentos em domicílios, seguido do Amazonas (41,2%). Em relação aos ocorridos em local ignorado (não identificado), São Paulo se destacou dos demais, com 13,9%, entre os registros tardios.
Número de divórcios cresceu 7,7% em 2006, aponta IBGE
da Folha Online
Os divórcios cresceram 7,7% de 2005 para 2006, passando de 150.714 para 162.244 em todo o país, segundo informa nesta quinta-feira o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística). Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, com informações levantadas nos cartórios do país em 2006.
De acordo com os dados, o comportamento dos divórcios mostrou tendência de crescimento em todas as regiões, sendo de 16,6% para o Norte, 5,3% para o Nordeste, 6,5% para o Sudeste, 10,4% para o Sul e 9,3%, no Centro-Oeste.
Já o número de separações judiciais concedidas foi 1,4% maior do que em 2005, somando um total de 101.820. Neste período, a análise por regiões mostra distribuição diferenciada com a mesma tendência de crescimento: Norte (14%), o Nordeste (5,1%), o Sul (2,6%) e o Centro-Oeste (9,9%). Somente no Sudeste houve decréscimo de 1,3%.
A diferença de crescimento entre divórcios e separações, segundo o IBGE, "revela uma gradual mudança de comportamento na sociedade brasileira, que passou a aceitar o divórcio com maior naturalidade, além da agilidade na exigência legal, que para iniciar o processo exige pelo menos um ano de separação judicial ou dois anos de separação de fato".
De 1996 a 2006, a pesquisa mostrou que a separação judicial manteve o patamar mais freqüente e o divórcio atingiu a maior taxa dos últimos dez anos. Em 2006, os divórcios diretos foram 70,1% do total concedido no país. Os divórcios indiretos representaram 29,9% do total.