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Comissão do Senado autoriza incorporação do BESC pelo BB

A incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) pelo Banco do Brasil foi autorizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira, 11 de dezembro.



Essa autorização, no entanto, ainda precisa ser aprovada em Plenário, sob a forma de projeto de resolução.


Originalmente, o Besc e o Besc Crédito Imobiliário (Bescri) deveriam ser privatizados, conforme previsto no contrato assinado em setembro de 1999 - quando a União assumiu o controle dessas instituições, visando sanear o banco.


Mas, após a reação contrária do governo de Santa Catarina, que em 2002 entrou com uma ação suspensiva do edital de venda, o governo federal decidiu que o Banco do Brasil iria incorporar essas instituições. Para viabilizar a incorporação, foi apresentado um termo aditivo no início de outubro, em cerimônia que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É esse termo que a CAE aprovou nesta terça-feira.


Segundo o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), relator da matéria no âmbito da comissão, o governo federal, que ainda administra o banco, gastou cerca de R$ 1,33 bilhão na recomposição do patrimônio líquido do Besc.


De acordo com a Agência Brasil, o Banco do Brasil deverá desembolsar R$ 250 milhões pelos ativos do Besc, a serem pagos ao governo de Santa Catarina, além de antecipar R$ 270 milhões para o pagamento dos juros dos títulos do Tesouro Nacional em poder do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Ipesc) desde 1999 - o Ipesc recebeu esses títulos devido à "federalização" da dívida do Besc.


urante a reunião da CAE realizada nesta terça-feira, dois senadores de Santa Catarina defenderam a incorporação - Ideli Salvatti (PT) e Raimundo Colombo (DEM). Ideli afirmou que o Besc "é a única instituição financeira presente em todos os 293 municípios do estado" e que "houve uma mobilização suprapartidária em Santa Catarina contra a privatização do banco". Já Raimundo Colombo disse que "essa solução fortalece o Banco do Brasil, que se tornará mais competitivo, principalmente na área de varejo, e fortalece também o sistema público bancário".


Em entrevista à Agência Senado, um dos secretários-adjuntos do Tesouro Nacional, Eduardo Coutinho Guerra, apontou a importância do Besc para a economia catarinense, devido, entre outros fatores, à sua "capilaridade". Ele declarou ainda que a incorporação atende ao objetivo do Banco do Brasil de ampliar suas atividades, aproveitando a rede de agências do Besc e sua carteira de clientes.




Agência Senado

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