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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Lucro da Caixa Econômica Federal despenca 89% no 3º trimestre

A Caixa Econômica Federal fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 62,5 milhões, com queda de 89,4% em relação aos R$ 590 milhões de igual período de 2006.


O aumento da inadimplência das pequenas empresas em operações de desconto de duplicata, cheque e cartão no terceiro trimestre foi a responsável pela queda do lucro.


Para se antecipar a impactos financeiros, a Caixa fez um provisionamento de R$ 545 milhões no trimestre passado. Também contribuíram para o resultado praticamente nulo os custos do reajuste salarial para os funcionários (maiores do que o inicialmente planejado) e da capitalização de R$ 5,2 bilhões da instituição federal.


Com isso, a Caixa admite que terá lucro muito inferior aos R$ 2,3 bilhões do ano passado. No acumulado do ano até setembro, o lucro do banco público federal foi de R$ 1,778 bilhão, o que equivale a um recuo de 8,81% sobre os R$ 1,934 bilhão do mesmo intervalo do ano passado. No ano, o retorno sobre o patrimônio líquido foi de 23,32%.


O resultado negativo da instituição vai na contramão do balanço dos grandes bancos privados brasileiros, que bateram recorde de lucros no terceiro trimestre e no acumulado de 2007.

O Banco do Brasil (BB) registrou um lucro líquido de R$ 1,364 bilhão no terceiro trimestre, com expansão de 50,3% em relação a um ano antes, quando ganhou R$ 907 milhões. Entretanto, seu acumulado do ano ficou 19% menor do que em 2006 .


O resultado da intermediação financeira no acumulado do ano somou R$ 7,480 bilhões, com queda de 9,7% sobre o resultado do ano passado. Já a receita com prestação de serviços aumentou 22% de janeiro a setembro, atingindo R$ 5,107 bilhões, contra R$ 4,187 bilhões de 2006.


O banco encerrou setembro com ativos totais de R$ 239,479 bilhões, com alta de 20,2% em 12 meses. Na mesma comparação, as operações de crédito do banco subiram 17,3%, para R$ 51,986 bilhões


O patrimônio líquido do banco aumentou 16,4% ante setembro do ano passado, para R$ 10,446 bilhões. Já o Patrimônio de Referência, usado para afeito de cálculo do índice de Basiléia, subiu 48,7% na mesma comparação, para R$ 18,521 bilhões.


Em reportagem publicada no jornal O GLOBO neste sábado, o analista Carlos Coradi, da Coradi & Associados, vê erro estratégico da gestão do banco.



Valor Online

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