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Os bancários de Brasília demonstraram nesta segunda-feira 6 que entram para a segunda semana de greve com as energias renovadas e com disposição total para luta em defesa de suas reivindicações. A paralisação mantém-se forte em todos os bancos, por todo o Distrito Federal.
Além de segurarem a greve em ritmo crescente, com piquetes e protestos nas portas dos bancos, cerca de três mil trabalhadores saíram em passeata do Setor Bancário Sul até o Ministério da Fazenda para cobrar do governo que oriente os bancos públicos a mudarem de postura nas negociações. A passeata saiu por volta das 15h, passando pela rodoviária do Plano Piloto. O protesto foi encerrado com assembléia da categoria em frente ao Ministério. Os grevistas decidiram intensificar o combate à intransigência dos banqueiros e marcaram nova assembléia para esta terça, às 18h, no SBS.
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Ofício ao ministro da Fazenda
No calor do protesto dos bancários em frente ao Ministério da Fazenda, dirigentes do Sindicato entregaram ao subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Alex Borba dos Santos, ofício destinado ao ministro Guido Mantega. O documento solicita orientação às direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica para que estas empresas façam valer seu peso junto à Fenaban. "Por serem os maiores e mais influentes bancos públicos, os mesmos podem pressionar a Fenaban com vistas ao avanço das negociações com o Comando Nacional dos Bancários", diz o texto.
O ofício ressalta que a principal reivindicação é aumento real e cobra atendimento à reivindicação de PLR feita pela categoria (confira aqui a íntegra do ofício).
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Participaram do encontro com o subsecretário o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, e os diretores Eduardo Araújo e Raimundo Félix.
Assembléias por todo o país
Todos os sindicatos realizam assembléias nesta terça-feira 7, com indicativo do Comando Nacional dos Bancários de greve por tempo indeterminado. Isso significa que, a partir de amanhã, a luta contra o descaso e a super-exploração dos bancos passa a contar com a força total da categoria.
Já estão em greve, além dos bancários do Distrito Federal, os de Salvador, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá, Sergipe, Goiânia, Bauru (SP), e Irecê (BA). Os bancários de Porto Alegre e Santa Cruz do Sul, cidades do Rio Grande do Sul, estão em greve só na Caixa.
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