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Outubro Rosa 2022

Encontro Nacional da CSC aprova criação da nova central sindical

csc1O Encontro Nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), que ocorreu de 28 a 30 de setembro, no Ginásio de Esportes dos Bancários, em Salvador, aprovou a criação de uma nova central sindical no Brasil, mais democrática e representativa da classe trabalhadora. A abertura do evento aconteceu na sexta-feira, dia 28, com a presença de centenas de representantes de diversos sindicatos do país. No sábado (29), pela manhã, foi discutido pelos delegados presentes o documento de proposta de criação da nova central sindical. À tarde, o documento foi aprovado, com algumas emendas, por unanimidade. No domingo (30), foram dados encaminhamentos para a criação e organização da central.


csc2Na avaliação do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, que esteve presente ao encontro no sábado, "se a nova central conseguir aglutinar forças na bandeira do pluralismo, da democracia e do classismo terá grande êxito". Para ele, a central surge no momento certo, numa realidade que impôs novas formas de busca de unidade na classe trabalhadora, como a proposta de fórum das centrais. Rabelo acredita que a nova central será de grande ajuda ao Governo Lula, que só compreenderá o que os movimentos sociais querem com autonomia. Por fim, enfatizou que os trabalhadores além das bandeiras econômicas devem ter também as bandeiras políticas, já que as transformações só serão feitas com grande mobilização. "Vocês estão abrindo um novo caminho e novos horizontes, e é assim que podemos alcançar uma nova realidade", finalizou.


csc5Veja abaixo a avaliação dos representantes dos sindicatos dos bancários da Bahia e Sergipe, presentes ao Encontro Nacional da CSC, sobre a possível filiação da FEEB-BA/SE à nova central sindical:


"A criação de uma nova central é uma iniciativa positiva, porque não há mudança na luta dos trabalhadores. A CUT tem se mostrado adormecida em relação às lutas importantes, como contra a reforma da Previdência e a reforma trabalhista, que são questões que garantem os direitos mínimos da classe trabalhadora. A nova Central Sindical Classista Democrática poderá resgatar essas lutas ou bandeiras. Podemos estar deliberando no Congresso da Federação, que acontecerá em novembro, a sua filiação. Contudo, até lá, precisamos estar travando esta discussão em nossa base".


Celso Argolo, representante do SEEB/Jequié



"A filiação da Federação dos Bancários à nova central é conseqüência da forma de lutar dos sindicalistas baianos. Nós, aqui da Bahia, temos a tradição de organizar os trabalhadores na rua, priorizando a luta e a atuação mais combativa. Por isso, com a rearrumação do sindicalismo no Brasil, as condições estão postas para a filiação da Federação à nova central sindical, que defenda a atuação classista como prioridade".


Marlúcia Paixão - Presidente do SEEB/Ilhéus



"Acho importante a filiação da Federação à nova central. Neste momento de rearrumação do movimento sindical no Brasil, é necessária a participação da entidade. Nós já havíamos jogado um papel importante anteriormente, já que fomos a primeira federação dos bancários a se filiar à CUT. Agora, com a criação desta nova central, que tem o objetivo de ser independente e autônoma, a Federação deve também participar deste processo".


Euclides Fagundes - Presidente do SEEB/BA



"A Federação sempre teve uma posição avançada no rumo do movimento sindical bancário, quando foi pioneira na aprovação e na defesa de sua filiação e das demais federações à CUT, o que era justo na época. Entretanto, hoje estamos fazendo uma reavaliação e chegamos à conclusão que a CUT não joga mais o papel avançado que os movimentos dos trabalhadores exigem. Por isso, estamos apoiando a decisão. No caso dos bancários, vários ex-dirigentes sindicais tiveram os seus passes comprados pelos patrões e estão utilizando o que aprenderam no movimento sindical contra os trabalhadores. Este é um exemplo de que a CUT se inviabilizou, pois estes ex-dirigentes continuam ligados à força majoritária na Central".


José Souza - Presidente do SEEB/Sergipe



"A filiação da Federação à nova central é uma necessidade, tendo em vista os desafios apresentados aos trabalhadores na atual conjuntura política, em face da agenda regressiva proposta pelos patrões e por segmentos do Governo. A nossa Federação foi pioneira no rompimento com a Contec e deverá também manter a sua trajetória de vanguarda abraçando o desafio de construção de uma central sindical classista e democrática. O momento é de ousar e buscar a unidade na luta diária dos trabalhadores".


Jorge Barbosa - Presidente do SEEB/Itabuna

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