Menu
Outubro Rosa 2022

Bancários de Sergipe aprovam desfiliação da CUT e filiação à CTB

desfiliao-da-cut-038Numa assembléia aberta e democrática, ocorrida na noite de ontem, dia 6, com o auditório do Sindicato lotado, os bancários de Sergipe aprovaram a desfiliação da CUT - Central Única dos Trabalhadores - e, ao mesmo tempo, a filiação à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.  

Na mesa estavam presentes, além do presidente do Sindicato, José Souza, o representante da CTB Nacional, Eduardo Navarro, e o coordenador da CTB em Sergipe, Edival Góis, que defenderam a mudança de central.  

O secretário geral do Sindicato, Lula Alves, intermediou o debate, controlando o tempo destinado a cada participante. Defenderam a permanência no Sindicato na CUT o presidente em Sergipe, Antônio Góis; e Telmo Nunes, da Fetec Nordeste, representando a Confederação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro - Contraf-Cut. 

O presidente José Souza abriu os debates, esclarecendo a forma como seria encaminhada a assembléia. Cada sindicalista teve cinco minutos para fazer sua defesa e os participantes inscritos, três.

Antônio Góis defendeu que a longevidade da CUT, com 25 anos de fundada, sendo 16 em Sergipe, já fez muito pelos bancários e conclamou à categoria para continuar na Central. 

O coordenador da CTB em Sergipe, Edival Góis, parabenizou a categoria bancária por ter ido participar da discussão que decidiria o destino do Sindicato e elogiou a atuação da CUT no Estado, mas lamentou a forma como ela vem atuando nacionalmente. 

"Se dependesse da CUT de Sergipe, a CTB não seria fundada. Só que, nacionalmente, a CUT está atrelada ao governo. A CTB é uma central suprapartidária, que chega com uma proposta nova. É a única Central que propõe um Congresso Brasileiro para unificar e fortalecer a luta dos trabalhadores", disse. 

Telmo Nunes, representante da Contraf-Cut, defendeu que a CUT está entre as cinco maiores centrais do mundo e é a primeira da América Latina. "Nós tivemos oportunidade de lançar vários colegas para o campo político, e estamos buscando reafirmar o nosso compromisso", defendeu. 

Eduardo Navarro, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe - FEEB/BASE - e tesoureiro da CTB Nacional, justificou os motivos para a saída: "Nós ajudamos a eleger Lula, mas o movimento sindical, que representa os interesses dos trabalhadores, não pode se confundir com a administração do país, do Estado e dos Municípios. Vimos aqui acompanhar este momento decisivo para a categoria bancária de Sergipe e trazer uma proposta de renovação", disse Navarro. 

Nacionalmente, a outrora combativa CUT hoje está atrelada ao governo. Os espaços conquistados foram perdidos ao longo do tempo. "Alguns companheiros tiveram seu momento. Mas os acertos do passado não justificam os erros do presente", reforçou Souza. 

Após alguns embates normais, causados por cutistas que insistiam na permanência do Sindicato na CUT, a categoria bancária, por maioria absoluta, deu o aval para que o Sindicato mudasse de Central.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar