BB afirma que não haverá demissões e garante negociação permanente
Apesar de rápida, a reunião dos representantes dos bancários com a direção do Banco do Brasil, ocorrida na tarde desta sexta-feira (21), em Brasília, mostrou-se extremamente produtiva. Na ocasião, o presidente do BB, Antônio Francisco de Lima Neto, e o vice-presidente, Adezio Lima, afirmaram que o banco federal não trabalha com a hipótese de demissões com a compra da NossaCaixa. Eles também se mostraram favoráveis a abertura de negociação permanente com os representantes dos trabalhadores.
A expectativa, segundo os gestores, é que o processo de aquisição esteja concluído num prazo de 12 a 18 meses. Os tramites legais junto à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) devem ocorrer até dezembro. Já o Banco Central deverá apresentar parecer favorável à aquisição até março de 2009. Desta forma, a abertura de negociação permanente com os representantes dos trabalhadores deve iniciar após aprovação do legislativo paulista.
Em relação a sobreposição de agências, os gestores disseram que houve um equívoco da imprensa ao anunciar que haveria fechamento de agências em pequenas cidades do Estado. Para Lima Neto, a intenção do BB era de apenas mostrar à sociedade e aos trabalhadores que essa sobreposição é muito pequena - cerca de 30 agências. Na reunião, o presidente do BB garantiu que é possível trabalhar com o conceito de realocação de agências, bem como que haverá manutenção das mesmas em todos os municípios do Estado.
Estiveram presentes nesta primeira reunião a diretora da FETEC/CUT-SP, Adriana Pizarro Carnelós Vicente e a diretora do Seeb/SP, Raquel Kacelnikas, ambas integrantes da Executiva do Comando dos Funcionários do Banco Nossa Caixa, além do presidente do Seeb/SP, Luiz Cláudio Marcolino, do diretor da Contraf, Eduardo Araújo e o diretor da FEEB SP/MS, Sérgio Olivastro.
Mercado Financeiro - O presidente do BB fez questão de destacar que com o advento da crise internacional, o processo de incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil estava bastante comprometido, devido o fato de haver troca de ações e a crise demandar uma volatilidade de valores muito expressivos.
Com a medida 443, as negociações foram reanimadas por se tratar de uma aquisição que, segundo o BB, é um processo mais tranquilo. Assim, 72% das ações do Banco Nossa Caixa passar a ser do BB, enquanto os outros 28% permanecem com os acionistas.
Fetec-SP

