Contagem regressiva para a 4ª Marcha
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Artur Henrique, presidente nacional da CUT, sublinhou a importância da unidade das centrais para o êxito da 4ª Marcha da Classe Trabalhadora |
Com um ato político no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, CUT, Força, CGTB, NCST e UGT lançaram oficialmente na manhã desta quarta-feira (7) a 4ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, que será realizada no próximo dia 5 de dezembro em Brasília. Redução da jornada de trabalho, mais e melhores empregos e fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas são as bandeiras unitárias da mobilização deste ano, que ampliará a disputa sobre o papel do Estado, defendendo uma "política de valorização dos serviços e dos servidores públicos".
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Rosane Silva foi a mestre de cerimônia do ato |
Artur enfatizou que a Marcha sublinhará ainda a necessidade da ratificação da Convenção 151 da OIT, que estabelece o direito de organização e de negociação no trabalho no setor público, e da Convenção 158, que barra as demissões imotivadas, o combate às terceirizações e à precarização das relações de trabalho, a luta por melhores empregos, contra o trabalho escravo e infantil, como elementos fundamentais para a valorização do trabalhador.
Quanto ao debate sobre a Previdência, o presidente da CUT ressaltou que "com a unidade das centrais, ganhamos um round importante no Fórum Nacional da Previdência, não permitindo qualquer tentativa de retirada de direitos". Agora, "na pauta da nossa IV Marcha, a defesa da Seguridade Social ganha destaque, resgatando o conceito aprovado na Constituição de 88, que é o de Previdência, Assistência Social e Saúde. É um conceito que foi sendo dilapidado e chamuscado pelos governos neoliberais".
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Cutistas de todo o país prestigiaram o evento |
O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva disse que a Marcha da Classe Trabalhadora representa hoje a esperança de milhões de brasileiros, que viram que a ação unificada das centrais deu resultado nos anos anteriores, abrindo caminho para novos avanços. "Faremos uma grande mobilização novamente neste final de ano, fazendo com que possamos falar e ser recebidos por quem decide", declarou.
Na avaliação do presidente da CGTB, Antonio Neto, "é para fazer que este seja o mandato do desenvolvimento, com geração de emprego e distribuição de renda, que as centrais, mais uma vez unidas e organizadas, vão colocar a massa na rua".
O secretário geral da UGT, Canindé Pegado, enfatizou que "é na unidade de ação que obtemos resultados positivos e garantiremos o sucesso das nossas bandeiras".
Segundo o presidente da NCST, José Calixto Ramos, "a 4ª Marcha apresenta uma agenda de desenvolvimento para a nação brasileira, que está virando a página de Estado mínimo, recessão e arrocho salarial ditada pelos governos neoliberais".
Em defesa da Caixa
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José Alonso (Fenae) e Vagner Freitas (Contraf) |
"Nós queremos acelerar as transformações no país, queremos crescimento com distribuição de renda e valorização dos trabalhadores, com mais e melhores empregos e isso tem tudo a ver com o fortalecimento da Caixa Econômica Federal como instituição pública para alavancar o desenvolvimento", declarou Wagner Freitas, presidente da Contraf e membro da executiva nacional da CUT.
Vagner lembrou que a sociedade brasileira tem a Caixa como referência de instituição capaz de disseminar programas sociais, transferir renda e abrir oportunidades aos que buscam melhorar de vida. "No momento em que iniciativas governamentais dirigidas à população de baixa renda se expandem, a Caixa não pode frustrar as expectativas nela depositadas. Queremos mais empregados para a Caixa, para oferecermos mais Caixa para o Brasil", destacou.
Conforme José Carlos Alonso, presidente da Fenae, há necessidade da contratação de mais trabalhadores para que a Caixa restabeleça as condições essenciais ao desempenho de suas funções, "pois enquanto o volume de serviços prestados ao governo e à sociedade registra crescimento vigoroso nos últimos anos, em função do incremento de políticas públicas e da expansão do crédito, o contingente de trabalhadores é inferior ao de cinco anos atrás". "A Caixa é o grande pilar das políticas públicas e vem ampliando bastante suas atividades. Com mais empregados, a Caixa servirá melhor ao Brasil e aos brasileiros", concluiu.