BC sabota a economia com aumento da Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, na noite desta quarta-feira (7/5), mais um aumento na taxa básica de juros da economia a taxa, a Selic, que passou de 14,25% para 14,75% ao ano, a maior desde 2006. Esta é a sexta alta consecutiva desde setembro de 2024, quando a taxa estava em 10,75%. A justificativa foi a alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global.
O aumento da Selic foi duramente criticado pelas centrais sindicais, que realizaram manifestação em frente ao BC, em São Paulo, na terça-feira (6), cobrando a redução da Selic.
O secretário-geral da CTB Nacional, Ronaldo Leite, criticou a atuação do Banco Central. “São abusivas a taxas de juros que o banco vem praticando. Isso inibe o crédito, o crescimento e os empregos, prejudicando a economia e a classe trabalhadora. É por isso que as classes sindicais e os movimentos sociais lutam para reduzir a taxa de juros”, afirmou.
Se a taxa Selic alta é para conter a inflação, isso complica para setores produtivos como a indústria, a agricultura e o comércio. Juros altos desestimulam a produção e o consumo das famílias, além de dificultar o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu para 1,9% a projeção de crescimento da economia em 2025. O mercado financeiro e seus analistas econômicos preveem expansão de 2%.
Para a CTB, é preciso lutar pela a redução dos juros básicos. Isso dinamiza a economia em todos os setores, gerando mais empregos e mais salários, que movimentam o comércio, que por sua vez alimenta a indústria e a agricultura. O Banco Central precisa parar com essa sabotagem.
