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Empregados querem transparência sobre o Saúde Caixa

O Grupo de Trabalho sobre o Saúde Caixa, composto por representantes do banco e dos trabalhadores, se reuniu nesta quarta-feira (31/7) para analisar números do plano e debater sobre soluções para a melhoria da rede de atendimento aos usuários.

Os representantes dos bancários cobraram da Caixa o direito de participar das decisões envolvendo o plano, além de transparência nas informações, com o fornecimento de dados e de custos, para que os trabalhadores possam buscar formas de redução das despesas e o consequente barateamento das mensalidades pagas pelos usuários.

Segundo os responsáveis do banco pelo Saúde Caixa, está em andamento um processo de fortalecimento da rede credenciada, com atuação direcionada para regiões com baixa disponibilidade de prestadores ou dificuldade de formação de rede. Mas, de acordo com os dados apresentados, o maior número de credenciamentos ocorreu nas regiões onde já há uma maior quantidade de prestadores. Nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram realizados 18 e 23 credenciamentos, respectivamente. Na região Sudeste, 148.

Os representantes do banco disseram que há maior dificuldade para credenciamento em certas regiões devido à concentração de médicos na região Sudeste e, no máximo, em algumas capitais de estados de outras regiões.

O banco confirmou que vai atender a reivindicação do movimento sindical para que os comitês regionais de credenciamento e descredenciamento voltem a operar. Os representantes dos empregados acreditam que se as Gipes e as Repes (gerências e representações regionais) tiverem estrutura física e de pessoal adequada, pode ser a solução mais apropriada para a melhoria da rede, pois as pessoas responsáveis pelo credenciamento e descredenciamento serão da própria região e atenderão as demandas regionais. Isso lhes dará mais condições de saber, de fato, quais especialidades precisam ser credenciadas para a melhoria do atendimento local.

Apesar da expectativa dos empregados, a Caixa ainda não informou como serão os comitês de credenciamento.

Outros pontos

Os trabalhadores questionaram a inclusão dos custos do PAMS, o antigo plano de saúde dos empregados, nos déficits do Saúde Caixa e voltaram a pedir a abertura dos dados de custeio dos afastamentos para tratamento de doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho (B91), para impedir que os mesmos sejam custeados pelo Saúde Caixa e não pelo banco, como devem ser.

Os representantes do banco que administram o Saúde Caixa também informaram que será iniciado um processo de integração das informações de saúde das empregadas e empregados, de forma que o Saúde Caixa possa realizar a medicina preventiva. As medidas fazem parte do processo de melhoria do Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional (PCMSO), uma reivindicação antiga da representação sindical dos trabalhadores.

Teto de custeio com saúde

A representação dos trabalhadores reafirmou para os representantes do banco a necessidade de se acabar com o teto de gastos da Caixa com a saúde das suas empregadas e empregados, definido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos. O teto de custeio impede que o banco cubra os 70% dos custos do Saúde Caixa, como definido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Hoje, segundo números apresentados na reunião, a Caixa paga apenas 52% dos custos do Saúde Caixa e os usuários do plano pagam 48%.

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