Encontro de bancos privados começa com análise da crise internacional
O Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais do Bradesco e do Santander/Real, que começou na segunda-feira (9) e será realizado até hoje (11) em Atibaia-SP, discutirá e definirá a estratégia das campanhas permanentes nesses bancos. Já foram realizados encontros dos dirigentes sindicais do Itaú, Unibanco, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Federal. Apesar de continuarem apresentando resultados extremamente positivos, os bancos estão utilizando a crise internacional como desculpa para demitir. Essa preocupação esteve presente nas falas dos dirigentes que participaram da mesa de abertura do Encontro Nacional .
A representante da Comissão de Organização de Empresa do Bradesco, a secretária geral do Sindicato dos bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, lembrou que tanto Bradesco como Santander-Real divulgaram lucros altos para o ano de 2008, e isso acontece num momento em que a imprensa fala de crise o tempo todo e empresários falam de cortar direitos. "Nós não vemos crise no sistema financeiro nacional, e temos que considerar essa situação em nossa atuação como dirigentes. Ao mesmo tempo, os bancos estão demitindo e querendo utilizar a crise para justificar essas demissões", afirmou.
O representante da COE Santander, Paulo Stekel, concordou. "Precisamos perguntar a Santander e Real o que eles estão fazendo no Brasil. O sistema financeiro brasileiro não tem crise nenhuma. O que existe no caso de Santander e Real é uma fusão entre dois bancos que estão tentando justificar demissões", afirmou.
Para Arilson Silva, presidente do Sindicato dos Bancários do Mato Grosso e representante da COE Real, o mais importante é que os dirigentes lutem para defender os direitos dos trabalhadores. "Os bancários precisam ser protegidos dessa direção do banco, que quer demitir", afirmou.
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