Itaú: COE cobra melhorias no PCR e no GERA
O reajuste do Programa Complementar de Resultados (PCR) e os problemas enfrentados no programa de gestão GERA foram os principais temas da reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú, realizada nesta terça-feira (11/3), em São Paulo.
No encontro, o banco apresentou um histórico das negociações do PCR, mas, os representantes dos funcionários destacaram as perdas acumuladas ao longo dos anos, especialmente em relação ao reajuste da categoria e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apesar do crescimento contínuo do lucro do banco, os valores pagos no PCR não acompanham a evolução desses itens.
Para a COE, o reajuste deveria refletir a isenção fiscal aplicada à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do banco, garantindo um aumento mais justo. Já o Itaú, afirmou que os valores foram definidos em negociações anteriores e não reconheceu perdas para os trabalhadores.
“Nossa reivindicação é o que o banco revise o valor do PCR, pois ele não tem refletido o lucro bilionário que o banco vem obtendo com o trabalho dos seus funcionários. Nada mais justo e legítimo”, defendeu a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe Luciana Dória, que integra a COE Itaú.
Problemas do Gera
Outro ponto de destaque foi a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) do GERA, programa de gestão e avaliação de desempenho dos funcionários. A COE apresentou ao Itaú uma série de falhas e dificuldades enfrentadas pelos bancários e cobrou soluções imediatas.
Entre os principais problemas apontados estão: dificuldades no acesso ao ‘Fale com GERA’, Sistema de Qualidade de Vendas (SQV), metas desiguais e abusivas, pressão excessiva, programas paralelos de premiação, demora na divulgação de resultados, pontuação mínima ineficaz, atualização do VB, espelhamento de vendas, dentre outros.
“O Gera possui falhas e não tem respondido bem às expectativas dos funcionários. A atualização da ferramenta precisa ter a mesma velocidade que a da imposição das metas. Atualmente, os trabalhadores se sentem inseguros e precisam recorrer a controles paralelos das suas produções. Isso gera mais ansiedade e adoecimento, algo totalmente incompreensível para um banco tecnológico como o Itaú”, destacou Luciana Dória.
O Itaú prometeu encaminhar as demandas para análise da área responsável e levar um gestor do programa para a próxima reunião do GT, para que ele possa prestar esclarecimentos e discutir possíveis ajustes.