Mais uma ação do BB contra os funcionários do Varejo
Os funcionários do Banco do Brasil estão indignados com mais um golpe contra seus direitos. A Diretoria de Varejo comunicou que, nos meses de novembro e dezembro, os gerentes da rede estão proibidos de acionar a substituição temporária — medida que, na prática, impede a designação de funcionários para cobrir colegas em férias, abonos ou licenças médicas.

Em 2023, os bancários celebraram o retorno das substituições, uma antiga reivindicação dos trabalhadores. Agora, alegando “controle e racionalização das despesas administrativas do banco”, a direção cancela as substituições nesses dois meses e ainda orienta que os funcionários evitem tirar férias nesse período. Um absurdo!
A decisão surpreende por chegar pouco tempo depois da apresentação da Instrução Normativa 368-1, que ampliou a designação interina para funções de 3º nível gerencial — gerentes de relacionamento, gerentes de serviços e supervisores de atendimento — e prevê o acionamento para ausências programadas iguais ou superiores a 10 dias úteis consecutivos. A norma começou a ser aplicada nas unidades de negócios, com potencial para atingir cerca de 21 mil funcionários, mas ainda não contempla todas as áreas do banco.
O movimento sindical critica o novo posicionamento do banco. O argumento oficial — de que a proibição busca conter despesas administrativas — é insuficiente e contraditório: alguém efetivamente precisará assumir as tarefas dos colegas ausentes, mas o banco se recusa a remunerar por esse trabalho.
