Marcha em Brasília atualiza pauta da classe trabalhadora
Trabalhadores de diversas categorias de todas as partes do país realizaram uma marcha em Brasília nesta quarta-feira (22/5). Munidos de bandeiras e cartazes eles levaram aos Três Poderes da República uma pauta de reivindicações em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Entre os principais pontos, estão a luta por emprego decente, a redução de impostos, a diminuição das taxas de juros, a qualidade da educação e a proteção ao meio ambiente.

Organizado pelas centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, Intersindical e Pública, a mobilização tem como principal objetivo a atualização da Agenda da Classe Trabalhadora, que foi aprovada há dois anos, durante a 3ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat 2022). Antes de saírem em marcha até a praça dos Três Poderes, foi realizada uma plenária que discutiu temas como a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e medidas de proteção aos seus trabalhadores; revogação do novo ensino médio; valorização do serviço público e oposição à PEC 32/Reforma Administrativa; defesa da convenção 151 e da negociação coletiva; promoção do trabalho decente com redução da jornada de trabalho; Igualdade salarial entre homens e mulheres; reforma agrária e segurança alimentar; redução de impostos para trabalhadores e correção da tabela do imposto de renda; valorização do salário mínimo e das aposentadorias; transição justa e ecológica.
Adilson Araújo, presidente da CTB, destacou a importância do evento como um fórum de diálogo sobre a agenda da classe trabalhadora. Ele relembrou o cenário político e econômico de 2022 e como a mudança de governo trouxe novas perspectivas, apesar das dificuldades ainda enfrentadas, como a alta taxa de juros imposta pelo Banco Central do Brasil.

“Em nome das centrais sindicais, fruto da necessidade emergencial, aprovamos a liberação de mais de um bilhão e duzentos milhões do CODEFAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador e do FGTS, em solidariedade aos nossos irmãos e irmãs do Rio Grande do Sul,” afirmou Araújo. Ele também ressaltou a necessidade de investir em infraestrutura e enfrentar a crise climática, além de criticar a influência do Banco Central sobre a economia brasileira.
Durante a marcha, também foi lançada a “Agenda Jurídica das Centrais Sindicais no STF – 2024”. Este documento, disponível online, organiza os principais processos que podem impactar os trabalhadores brasileiros, divididos por temas.
