Nota da CTB sobre a fusão Itaú-Unibanco
Em primeiro lugar, a nova instituição a ser criada pode redundar em "enxugamentos" e demissões. Compreensivelmente, a categoria já está apreensiva, pois vivemos a expectativa de desaceleração do crescimento econômico, em função da crise internacional irradiada do capitalismo norte-americano, o que terá impactos negativos no mercado de trabalho e tornará o emprego mais raro.
Também cabe assinalar que a fusão intensifica o processo de concentração e centralização do capital no sistema financeiro nacional, abrindo caminho para a redução da concorrência e a prevalência de um monopólio privado no setor. Isto não é bom para os clientes nem para a economia nacional, pois tornará mais difícil a redução dos juros na ponta, para pessoas físicas e jurídicas, assim como das tarifas e taxas cobradas pelos bancos.
A CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, em aliança com outras centrais e as entidades sindicais que representam a categoria, manifesta sua posição contra a fusão e exige a abertura de negociações com o movimento sindical para preservar o emprego e os interesses da categoria e dos clientes.
São Paulo, 3 de novembro de 2008
Wagner Gomes, presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
