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Passeata reúne quase mil bancários no Centro paulista

Uma passeata dos bancários pelas ruas do Centro Velho de São Paulo, nesta sexta, dia 10, fechou em alto estilo a semana de greve, iniciada na quarta-feira após decisão unânime dos quase 1.500 trabalhadores presentes na assembléia realizada na véspera.

Cerca de 800 bancários iniciaram o ato em frente à Bolsa de Valores, por volta das 16h, e caminharam pela Rua São Bento, Praça do Patriarca e Rua Direita. De volta à Rua 15 de Novembro, a passeata foi encerrada na esquina da Avenida São João com a Rua Líbero Badaró.

"A greve está crescendo, estou sentindo que ela está ganhando corpo a cada dia", disse um bancário da agência do Banco do Brasil de Embu das Artes, que veio ao centro da capital para reforçar o movimento e ajudar a fechar mais locais de trabalho (seu nome será preservado, assim como os nomes dos demais bancários citados nesta reportagem). "Os banqueiros estão intransigentes, sem mobilização não vamos conseguir nada de aumento real, eles só vão conceder o básico", disse, enquanto caminhava e agitava uma bandeira do Sindicato.

Mais forte - Para uma bancária do BB que trabalha em Osasco, a greve este ano está mais forte, em especial nos bancos privados. "No Banco do Brasil o movimento vem crescendo a cada dia. Alguns colegas que ainda estão trabalhando me disseram hoje que vão parar na semana que vem se os banqueiros não apresentarem uma boa proposta", disse.

"O pessoal está firme para continuar". Essa é a opinião de uma bancária da CEF que trabalha na Gipes. "Tem empregados que nunca fizeram greve mas que este ano estão aderindo. Eu acho que é porque estão percebendo que a coisa está cada vez mais difícil e resolveram então se unir", disse.

Para uma bancária da Nossa Caixa que tem apenas pouco mais de um ano de banco, a adesão este ano está mais forte. "Desde ontem eu e outros colegas paramos quase cinco agências das seis onde fomos conscientizar o pessoal, pois a greve é o único meio que temos para conquistar um aumento decente", afirmou.

"Somos nós que fazemos o lucro da empresa onde trabalhamos. O que seria do banco sem a gente? Eles têm que dividir. Se não tivesse lucro até poderíamos entender, mas não dá para aceitar, com tanto lucro, querer pagar menos de PLR e não dar aumento real", afirmou uma bancária do BB que trabalha num Gerat.

Para o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, a passeata demonstrou a força do movimento, indica que a greve vai começar ainda mais forte na segunda-feira e que os bancários vão comparecer em massa à assembléia marcada para as 17h na Quadra. "Encerramos bem as atividades da semana, que mostraram que os bancários este ano não estão dispostos a assistir sentados às demonstrações de desprezo que os donos dos bancos mostram ter por seus funcionários. Estamos confiantes no fortalecimento da greve na semana que vem", disse.

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