100 milhões na extrema pobreza por conta da pandemia
100 milhões de pessoas podem chegar a extrema pobreza por conta da pandemia do novo coronavírus. É o que o Banco Mundial (BM) advertiu na última quinta-feira (20/8). A instituição já havia estimado que 60 milhões de pessoas chegariam na extrema pobreza, mas um novo cálculo estima 70 a 100 milhões de pessoas.
A instituição também afirmou que esse número pode ser maior, caso a pandemia se prolongue, pois haverá uma piora na combinação perda de empregos durante a pandemia e problemas de abastecimento que dificultam o acesso aos alimentos.
As economias avançadas do Grupo dos 20 (G20) já se comprometeram a suspender os pagamentos da dívida das nações mais pobres até o fim do ano, e existe um apoio crescente à prorrogação desta moratória para 2021. Contudo, o BM acredita que apenas esta medida não será suficiente.
No Brasil, o grupo de pessoas em pobreza extrema, que inclui os que vivem com menos de 1,9 dólar por dia, ganhou cerca de 170 mil novos integrantes em 2019 e encerrou o ano passado com 13,8 milhões de pessoas, o equivalente a 6,7% da população do país. É o quinto ano seguido no qual o número de brasileiros na miséria cresce, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).
