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Após dissídio coletivo, TST faz primeira audiência sobre greve dos Correios

Aloisio Milani

Repórter da Agência Brasil


Brasília - A greve dos trabalhadores dos Correios chegou à Justiça do Trabalho, após o ingresso de uma ação de dissídio coletivo por iniciativa da própria estatal ontem (18). Agora, a negociação que não tinha acordo vai ser apreciada pela Justiça. A primeira audiência de conciliação e instrução, primeira etapa do processo, está marcada para hoje às 14 horas. Participarão os representantes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).


Segundo a assessoria de comunicação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Milton de Moura França, vice-presidente do TST, é instrutor do dissídio e tentará buscar um acordo entre as partes. Caso haja solução nessa audiência de conciliação, o acordo deve ser homologado pelo tribunal. Se isso não acontecer, as partes envolvidas têm um prazo para apresentar seus argumentos. A decisão caberá ao TST e não cabe recurso após o final do processo. Em qualquer momento do processo, a estatal e os grevistas podem chegar a um acordo, retirando o dissídio coletivo.


Os servidores pedem 47,7% de reajuste, mais R$ 200 de aumento linear para todos os trabalhadores, além de um novo plano de cargos e salários. Segundo o representante do comando de greve, José Gonçalves de Almeida, os trabalhadores vão para a audiência tentando novamente um acordo. A categoria não aceitou a proposta da diretoria dos Correios de abono de R$ 400 e inclusão dos pais dos funcionários no plano de saúde.


Segundo os Correios, entre 2003 a 2007, os empregados tiveram reajustes de 103%, contra uma inflação de 46,8%. Os grevistas reclamam que os valores não foram suficientes para recuperar perdas acumuladas.

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