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Bancários pressionam e Itaú se compromete a reavaliar aditivo

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São Paulo) Depois da pressão dos bancários, o Itaú se comprometeu nesta terça-feira, dia 30, a reavaliar juridicamente o termo aditivo que impôs unilateralmente aos funcionários. Em negociação com a Contraf-CUT, o banco afirmou que vai rever o documento classificado pelos bancários como inaceitável e ditatorial.

"A negociação desta terça foi dura e criticamos fortemente o acordo aditivo que o Itaú colocou no Portal de Recursos Humanos. Não houve qualquer discussão sobre este termo com o movimento sindical, até porque jamais concordaríamos com o monitoramento da conta corrente dos funcionários", afirma Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.

Depois de muita discussão, o Itaú aceitou rever o termo. "Mas se houver qualquer tipo de pressão, os bancários devem denunciar. E nenhum funcionário do Itaú deve assinar este acordo, que permite uma medida tão arbitrária", ressalta Cordeiro.


Itaú: Reajustes no Plano de Saúde precisam ser discutidos


Além da
revisão do aditivo ao contrato de trabalho e do auxílio-educação , outros temas estiveram na pauta da reunião que retomou as negociações específicas entre a COE Itaú (Comissão de Organização dos Empregados) da Contraf-CUT e os representantes do banco, ocorrida no dia 30, terça-feira. A situação dos funcionários oriundos do BankBoston, o plano de saúde e a necessidade de novas contratações foram algumas das questões debatidas.

BankBoston

Já começou a migração dos trabalhadores oriundos do BankBoston para o Plano de Saúde do Itaú. Os funcionários do Boston estão sendo retirados de um Plano de Saúde de custo zero e com uma rede credenciada melhor para o Plano de Saúde Itaú, onde terão que pagar 3,5% do salário (com teto conforme a faixa salarial) mais um "upgrade" (diferencial de nível no Plano) que pode chegar a R$ 202,22. Pela proposta de transição apresentada pelo Itaú, a migração deverá ser finalizada em 18 meses.

A Contraf-CUT expressou novamente a sua discordância em relação a esta atitude do banco. "O Itaú está extinguindo uma situação mais vantajosa dos funcionários do Boston, contrariando o que foi dito pelos representantes do banco na época da aquisição: de que não haveria prejuízo para os trabalhadores provenientes do Boston", ressalta Ubirajara Santos, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Também foi cobrada a eleição de representantes dos trabalhadores nos Conselhos Fiscal e Deliberativo da Itaubank (Fundo de Pensão dos funcionários do BankBoston).

Plano de Saúde

Os representantes do Itaú comunicaram na mesma reunião os reajustes que o banco irá aplicar no Plano de Saúde dos seus funcionários:

Upgrade: de R$ 220,23 para R$ 225,20
Agregados: 12,19%
Fator moderador: de R$ 5,40 para R$ 7,60
Reembolso: de R$ 27,00 para R$ 38,00
Aposentados: 12,8%
Essas correções são válidas a partir de 1º/11/2007.

Os membros da COE-Itaú da Contraf-CUT solicitaram uma reunião imediata do Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde (CAPS), para discutir esses números. "Não dá para o Itaú apenas comunicar o reajuste. No atual modelo de autogestão do Plano de Saúde, precisamos privilegiar os espaços de discussão, visando sempre diminuir o custo do Plano e melhorar as condições de atendimento", ressalta Adriana Magalhães, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e membro do CAPS.

Além disso, outras questões precisam ser debatidas pelo Comitê, como a permanência no Plano de Saúde dos funcionários desligados, aplicação da NR-17, mudança da data de reajuste do Plano etc.

Contratações

Os representantes dos bancários destacaram novamente a necessidade de mais contratações pelo banco, dados os diversos relatos de situações precárias de trabalho em agências do Itaú recebidos pela Contraf-CUT. "Não é possível que agências operem com apenas um ou dois funcionários. É necessário que as agências tenham um quadro mínimo, contemplando todas as demandas do dia-a-dia", destaca Jair Gomes, diretor da Fetec Centro-Norte e funcionário do Itaú. Esse assunto deverá estar presente nas próximas reuniões com o banco.

A COE-Itaú reivindicou também outros pontos, como que o crédito dos auxílios refeição e alimentação seja feito no mesmo dia do pagamento; que os funcionários tenham direito a cartão de crédito sem cobrança de anuidades ou qualquer outra tarifa; e uma linha de crédito para os funcionários com juros menores do que os praticados hoje pelo banco. Os representantes do Itaú se comprometeram a analisar as demandas.


Itaú: Todos os inscritos em 2007 receberão a bolsa-educação


Atendendo à reivindicação da Contraf-CUT, em reunião realizada ontem (30/10), todos os 1451 bancários do Itaú que se inscreveram para concorrer à bolsa-educação receberão o benefício.

O número de bolsas negociado com o banco foi de 1400, retroativas a agosto deste ano, para custeio de 50% da mensalidade com teto de R$ 320,00. "Mas como ocorreram 51 inscrições a mais, negociamos que, excepcionalmente, seria ampliado o número de bolsas em 2007. Ou seja, todos que se inscreveram receberão o benefício", informa Wanderley Crivellari, coordenador da COE Itaú.

Em 2008, os bancários não comissionados poderão se candidatar às 1400 bolsas-educação, para cursarem a primeira graduação. As inscrições para o ano que vem deverão acontecer nos meses de janeiro e fevereiro. As bolsas contemplarão 11 meses, de fevereiro a dezembro de 2008. O processo de inscrição será amplamente divulgado pelos Sindicatos e pelo banco. "Esta é uma conquista importante dos trabalhadores do Itaú, mas que precisa ser continuamente ampliada. O Itaú tem plenas condições de garantir e melhorar este benefício para os seus funcionários", destaca Wanderley.

Fonte: Contraf

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