Bancos são privilegiados no Brasil, afirma economista
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Segundo o professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Reinaldo Gonçalves, os bancos no Brasil possuem uma taxa de rentabilidade bem superior do que a média observada no resto do mundo. "Os bancos no Brasil têm tarifas muito elevadas e, em segundo lugar, tem uma taxa de intermediação elevadíssima", afirma. Segundo ele, o Brasil tem um dos maiores spreads bancários do planeta - diferença entre o que os bancos gastam para captar recursos e o que pagam para emprestá-los.
Outro fator que beneficia os bancos no Brasil, de acordo com Gonçalves, são "as generosas taxas" de juros utilizados pelo governo federal para negociar títulos públicos. Segundo o economista, a elevada rentabilidade do setor financeiro - em comparação, por exemplo, com os ganhos no setor produtivo - gera diversos efeitos negativos, como a concentração de riqueza e um pífio crescimento econômico.
"Com os juros dos empréstimos muito caros e o fato de que bancos no Brasil, de modo geral, não fazem empréstimos de longo prazo, eles desestimulam o crescimento econômico, são os principais inimigos do crescimento brasileiro, portanto, da geração de emprego", avalia. Gonçalves ainda criticou o acordo firmado pelo governo que permite aos bancos ajustar suas tarifas a cada seis meses, enquanto os trabalhadores, quando muito, têm reajuste anual.
Fonte: Brasil de Fato
Segundo o professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Reinaldo Gonçalves, os bancos no Brasil possuem uma taxa de rentabilidade bem superior do que a média observada no resto do mundo. "Os bancos no Brasil têm tarifas muito elevadas e, em segundo lugar, tem uma taxa de intermediação elevadíssima", afirma. Segundo ele, o Brasil tem um dos maiores spreads bancários do planeta - diferença entre o que os bancos gastam para captar recursos e o que pagam para emprestá-los.
Outro fator que beneficia os bancos no Brasil, de acordo com Gonçalves, são "as generosas taxas" de juros utilizados pelo governo federal para negociar títulos públicos. Segundo o economista, a elevada rentabilidade do setor financeiro - em comparação, por exemplo, com os ganhos no setor produtivo - gera diversos efeitos negativos, como a concentração de riqueza e um pífio crescimento econômico.
"Com os juros dos empréstimos muito caros e o fato de que bancos no Brasil, de modo geral, não fazem empréstimos de longo prazo, eles desestimulam o crescimento econômico, são os principais inimigos do crescimento brasileiro, portanto, da geração de emprego", avalia. Gonçalves ainda criticou o acordo firmado pelo governo que permite aos bancos ajustar suas tarifas a cada seis meses, enquanto os trabalhadores, quando muito, têm reajuste anual.
Fonte: Brasil de Fato