Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela fundam o Banco da Alba
"Estamos rompendo um mecanismo do capitalismo. Esse banco é um instrumento político para o desenvolvimento social e econômico", enfatizou o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"O Banco da Alternativa Boliviariana para as Américas (Alba) será submetido a definições políticas — e não a definições econômicas e financeiras”, explicou Rafael Isea , ministro venezuelano das Finanças. Segundo ele, essa característica é o que diferencia a nova instituição do sistema financeiro internacional.
A instituição — cuja ata fundacional será assinada na cúpula que o grupo realiza em Caracas — "não desenvolve sua política interna em termos de projetos que vai financiar, as decisão serão tomadas no conselho ministerial", acrescentou Isea. O acordo estabelece um mecanismo democrático de tomada de decisões, em que cada país representa um voto, independentemente do capital acionário de cada um.
As contribuições acionárias de cada país correspondem a uma análise individual dos países membros, com base em suas capacidades e possibilidades. Não serão utilizadas taxas de juros do mercado.
Os planos estabelecem que, em dois meses, a instituição deverá estar completamente formada, com plataforma de recursos humanos, plataforma tecnológica, financeira e legal e mecanismos internos de decisão. Os ministros das Finanças inauguraram a sede do banco em Caracas em um ato transmitido via satélite à cúpula que é realizada em um hotel da capital venezuelana.