Crédito: bancos admitem existência de nova lei
Após denúncias, Febraban recomenda aos seus filiados que cumpram a determinação de informar Custo Efetivo Total (CET) das operações de crédito.
"Isso mostra como a postura dos bancos muda quando eles estão expostos. Ou seja, na frente das câmeras discursam que o bem estar da sociedade está acima de qualquer um de seus interesses. Já por trás delas, não medem esforços para ganhar dinheiro, apostando na falta de transparência mesmo quando isso afronta as leis", diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.
A norma passou a valer na segunda-feira, dia 3, mas, no mesmo dia a Pro-Teste visitou 20 agências dos 10 maiores bancos nos dois principais pólos econômicos do país - as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro - e em nenhuma delas a norma foi cumprida. Na quarta, dia 6, o Banco Central informou que receberia a lista da associação e ameaçou distribuir punições.
"É a política de não devolver nada, ou quase nada, para a sociedade, de onde eles tiram muito", completa Marcolino. No ano passado, os bancos faturaram R$ 55 bilhões apenas com a cobrança de tarifas, número quase 18% maior do que o de 2006.
> Bancos faturam mais de R$ 55 bilhões com tarifas somente no ano passado
CTE - Pela nova regra, em todas as operações de crédito, como leasing e crediário em lojas, as instituições financeiras devem informar em uma única taxa o custo total do produto, considerando juros, tributos, tarifas (como a de abertura de crédito), seguros e outras despesas cobradas dos clientes. A medida facilita para o cliente a comparação do custo do produto pretendido entre os diferentes agentes financeiros e optar pelo melhor serviço.
Em caso de desrespeito às regras, o primeiro passo para o cliente é procurar a instituição e tentar resolver a questão. Se necessário, deve procurar a ouvidoria do banco, e em último caso, reclamar no serviço do Banco Central de atendimento ao cliente pelo telefone 0800 979 2345.