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Criada oficialmente a CTB

 
A criação da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) representa mais do que o surgimento de uma nova entidade sindical. Simboliza a retomada da mobilização classista, combativa e independente. Um "sacolejo" nos cenários político e econômico do país. Uma nova peça de enfretamento ao projeto neoliberal, que massacra os cofres públicos, corrompe os três poderes e sangra, sobretudo, o trabalhador. 

A tarefa, sem dúvida, não é nada fácil. O movimento sindical brasileiro, principalmente o encarnado pela CUT, perdeu a autonomia. Em relação a governos, optou por uma atuação que muito pouco valoriza o trabalhador. Não foi responsável em relação à decisões importantes, como em 1996, quando a CUT defendeu um acordo da Previdência que prejudicou muito os trabalhadores.

No congresso de fundação, de três dias e encerrado na sexta-feira, mais de mil pessoas, das mais diversas categorias e estados, colocaram água no árido solo sindical brasileiro. A CTB promete florescer sob o sol da luta classista, nas ruas e com disposição de sobra para enfrentar o desafio de recolocar o trabalhador como célula principal do movimento.

BAHIA

No terceiro dia do congresso, os trabalhadores elegeram, por unanimidade, a direção da entidade. A Bahia, que promoveu intensos debates e manifestações pela criação da CTB, é o estado com maior representação, com 10 membros de diversas entidades, como os Sindicatos dos Bancários, Comerciários, Metalúrgicos, Fetracom e Fetag.

Os bancários são representados por Adilson Araújo, diretor de imprensa do Sindicato, Eduardo Navarro, presidente da Federação Bahia e Sergipe, e o vereador Everaldo Augusto (PCdoB).

O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e ex-vice-presidente da CUT, Wagner Gomes, foi eleito presidente. A vice, composta por quatro sindicalistas, tem um baiano, David Wylkerson de Souza, da Fetag.


Entidade filiada à FSM

No congresso, os delegados aprovaram por unanimidade a filiação da CTB à Federação Sindical Mundial (FSM). Na resolução, foram pontuados os motivos pela escolha de adesão à entidade e não à Central Sindical Internacional  (CSI), que possui importantes organizações, mas é atrelada aos interesses dos Estados Unidos e do grande capital.

Os principais desafios citados são a necessidade de valorizar o internacionalismo proletário e a procura de formas para difundir as lutas sociais.  Reforça também que a luta será contra as guerras e suas causas, a defesa dos mais prementes interesses dos trabalhadores do mundo, estabelecimento de uma frente comum dos sindicatos dos países e defesa dos direitos econômicos, políticos e sociais dos trabalhadores e de suas liberdades econômicas e organizacionais, e a sistematização das informações referentes à unidade internacional.

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