Em agosto, 79% das negociações resultaram em aumento real
Segundo o Dieese, 79,1% das negociações realizadas pelas categorias com data-base em agosto registraram reajustes acima da inflação acumulada dos últimos doze meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
O percentual é inferior ao observado nas três datas-bases precedentes, em que o percentual de reajustes com aumentos reais foi algo em torno de 90%. Mas, é superior ao observado no início de 2023 e nas datas-bases anteriores consideradas. O percentual de reajustes abaixo do INPC cresceu para 16,4% em agosto. O dos reajustes iguais ao INPC recuou a 4,5%.
O quadro atual das negociações de 2023 mostra que 77,7% dos 12.041 reajustes analisados resultaram em ganhos reais aos salários, sempre em comparação com o INPC. Outros 17% resultaram apenas na recomposição das perdas salariais no período, sem ganhos acima da inflação, e 5,3% dos reajustes ficaram abaixo da variação do índice de preços nas correspondentes datas-bases. A variação real média dos reajustes de 2023 é positiva: 1,14% acima da inflação.
Os pisos salariais são modestos, a julgar pelos dados do Dieese. De janeiro a agosto de 2023, o valor médio dos 12.045 pisos salariais analisados foi de R$ 1.624,97; e o valor mediano (abaixo do qual situam-se metade dos pisos analisados), R$ 1.516,00. Na comparação entre os setores, o maior valor médio foi observado nos serviços (R$ 1.656,59); e o menor, no setor rural (R$ 1.550,57). Quanto aos valores medianos, o maior foi observado na indústria (R$ 1.551,94); e o menor, nos serviços (R$ 1.500,00).
Fonte: Dieese
