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Encontro classista em Guayaquil, Equador, decide criar Fórum da América

Participaram do encontro Ramón Cardona, representante da Federação Sindical Mundial (FSM) para a América Latina; Santiago Yagual Yagual, presidente da Confederação dos Trabalhadores do Equador (CTE), Joaquim Bernal Camero e Manuel Rodriguez, responsáveis pela área andina da FSM; Afonso Velásquez, da CUT da Colômbia; João Batista Lemos, da CSC; Jacobo Torres, da Força Bolivariana de Trabalhadores da Venezuela; e Angel Silva, dirigente sindical da Guiana. 


Uma das questões debatidas foi a perseguição a sindicalistas na Colômbia do presidente direitista Álvaro Uribe, onde homicídios, desaparições forçadas e ameaças a dirigentes sindicais são uma constante. Em mais de 90% dos casos, os responsáveis não foram postos à disposição da justiça. Os dados documentados entre janeiro de 1991 e dezembro de 2006, pela organização colombiana Escola Nacional Sindical, mostram que a Colômbia é um dos lugares mais perigosos do mundo para os trabalhadores sindicalizados.


Essa situação contrasta com os avanços verificados em vários países da América Latina. No Equador, por exemplo, um recente congresso da Confederação dos Trabalhadores do Equador (CTE) reuniu mais de 800 delegados. A realização do encontro das correntes sindicais classistas naquele país foi uma decisão decorrente deste ascenso sindical. A principal decisão foi a de iniciar a constituição de Fórum Sindical da América, formado por entidades sindicais e outros movimentos de trabalhadores, como as organizações de desempregados e sem terra.

Novo encontro


Segundo João Batista Lemos, coordenador nacional e representante da CSC no encontro de Guayaquil, o fórum será um espaço de debate e de organização em torno de uma plataforma comum - tendo como centro a luta contra o imperialismo - e de um projeto de integração solidária na América. "Penso que vivemos, hoje, um momento de grandes lutas e desafios para a classe trabalhadora e o sindicalismo classista em toda a América Latina", disse Batista no evento. "Os fatos políticos em desenvolvimento na América Latina evidenciam que o sistema imperialista hegemonizado pelos Estados Unidos é o grande inimigo dos povos", afirmou.


Para o coordenador nacional da CSC, é indispensável travar uma firme batalha política e ideológica contra o sindicalismo social-democrata e as concepções que pregam a conciliação de classes, ofuscando a perspectiva antiimperialista e anti-capitalista da nossa luta. A experiência positiva do encontro levou os dirigentes sindicais classistas a indicar o Equador como local para um novo encontro em outubro. Os dirigentes sindicais classistas brasileiros devem acompanhar a divulgação de informações para participar amplamente do encontro.

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