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Entidades ajuízam ação contra privatização da Lotex

A Fenae e a Contraf ajuizaram, nesta terça-feira (15/10), uma Ação Civil Pública na 16ª Vara Federal de Brasília, pedindo a suspensão e cancelamento do leilão da Lotex, cuja abertura de propostas está marcada para o próximo dia 22 de outubro. Esta é a terceira vez que se tenta leiloar a loteria instantânea exclusiva, e agora o BNDES flexibilizou as exigências da outorga, que é de 15 anos, além de aumentar o prazo para pagamento de quatro para oito anos.

Segundo o texto na ação “o interesse de agir da Fenae e da Contraf decorre direta e essencialmente de seus objetivos institucionais, visto que o Edital do Leilão PPI/PND 2019, ato concreto da administração, visa, de forma definitiva, promover a privatização de serviço público de forma imotivada, com base em autorização legislativa genérica, constituindo-se em ato discricionário lesivo ao patrimônio público, já que a Caixa é instituição que há décadas promove, com sucesso e eficiência inquestionáveis, a exploração de loterias no Brasil, mas se acha, mesmo que fosse válida a hipótese de licitação para os fins previstos no Edital mencionado, impedida até mesmo de concorrer na licitação com empresas privadas, nacionais ou estrangeiras”.

Essa é a terceira tentativa promovida pelo BNDES de concretizar esse processo de privatização de serviço púbico, que busca excluir a Caixa definitivamente da exploração de loteria instantânea, e transferir, de maneira irrazoável e imotivada, a ente privado, e por valor reduzido, essa exploração altamente lucrativa.

A Fenae e a Contraf entendem que a privatização da Lotex responsável pela “raspadinha”, ameaça os repasses sociais feitos pelas Loterias Caixa. Conforme dados do banco, de 2011 a 2016, as loterias arrecadaram R$ 60 bilhões, dos quais R$ 27 bilhões foram destinados para financiamento de projetos em áreas como cultura, esporte, bolsa de estudo e segurança pública.

Fonte: Fenae.

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