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Franklin: Na TV pública, telespectador não será tratado como massa de manobra

O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, afirmou na sexta-feira (26)

em Porto Alegre (RS), durante debate na Assembléia Legislativa do Estado, que a TV Pública sob sua coordenação irá aprofundar discussões feitas de maneira superficial e sem qualidade na TV comercial. A TV entra no ar em 2 de dezembro.

 

"Aborto, células tronco e etanol, por exemplo, são temas recentes que não são debatidos de forma qualificada na TV comercial. E será que isso não nos faz falta? Porque (as discussões) farão com que a gente exerça melhor nossa cidadania, sendo menos massa de manobra", disse.

 

Franklin lembrou que as emissoras de TV tratam o telespectador apenas como um consumidor e não se arriscam na produção de programas. "Acabam ficando na mesmice", afirmou.

 

O ministro criticou também a ausência de correspondentes em países africanos. Segundo ele, a TV Brasil (gestora da rede pública) terá correspondentes na África e que isso fará com que Globo, Record e Bandeirantes, entre outras emissoras, sigam o exemplo.

 

Outra novidade é que pelo menos quatro horas da programação serão destinadas a produções independentes e outras quatro a programas locais.

 

O ministro disse que não caberá ao governo federal interferir na programação e que o conteúdo será fiscalizado por um conselho que terá poder para demitir o presidente da televisão.

 

Quanto ao seu financiamento, Franklin reafirmou que a TV Brasil terá recursos do orçamento da União, num montante de R$ 350 milhões ao ano e de publicidade institucional na forma de patrocínio. "Serão vedados comerciais de produtos e serviços", afirmou.

 

Ele considera normal a existência de dúvidas e preconceitos quanto ao surgimento da TV pública e que isso só se resolve com debate. "O preconceito que existe ficará ridiculamente insustentável", afirmou.

 

Ele disse acreditar na adesão de emissoras de 15 a 20 Estados como membros plenos (que reproduzirão toda a programação) ou associados (que reproduzirão nas TVs locais parte dos programas).

 

"Há casos excepcionais. Um governador, que não vou dizer o nome, me falou que acha o projeto interessante, mas que usa a TV pública para debate político e para se defender das críticas. Mas essas situações vão sendo discutidas aos poucos e ao longo do tempo".



Com informações da Folha Online

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