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Idec reprova sustentabilidade dos bancos

A entidade analisou o comportamento dos bancos em relação a trabalho, consumidores e meio ambiente
Após analisar questionários respondidos pelos próprios bancos em uma pesquisa sobre responsabilidade sócio-ambiental, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), afirma que a política de sustentabilidade dos bancos ainda é falha no País.

A entidade analisou o comportamento dos bancos em relação a trabalho, consumidores e meio ambiente.

O estudo, afirma o Idec, mostra que, em uma escala de 1 a 5 pontos, nenhuma das instituições chegou a 3 pontos, e a média do setor ficou em torno de 2 pontos. Os melhores desempenhos foram do ABN Amro Real (2,75) e Bradesco (2,60), seguidos do Itaú, com nota 2,41.

"Sustentáveis Apenas no Discurso"

Segundo a agência Reuters, a pesquisa abrangeu os oito maiores bancos em número de clientes pessoa física: Bradesco, Itaú, ABN Amro Real, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Unibanco, HSBC e Santander, entre junho e novembro de 2007. "Os bancos hoje possuem um discurso forte de responsabilidade social, mas que ainda não se incorporou definitivamente às ações cotidianas", afirma Marilena Lazzarini, coordenadora executiva do Idec.

Ainda, segundo a Reuters, no item relações com consumidores, por exemplo, os bancos tiveram as notas mais baixas: Itaú, HSBC, Unibanco e Santander tiveram 1,33 (péssimo) e ABN, Bradesco, Banco do Brasil e CEF ficaram com 2 (ruim). Segundo os técnicos do Idec, os bancos pecam ao não fornecer informações claras ao consumidor sobre suas políticas de reajuste de tarifas. Os canais de comunicação com os clientes também foram colocados na berlinda. "Todos os bancos possuem esses canais, que nem sempre funcionam a contento quando o consumidor precisa registrar uma reclamação ou necessita de um serviço mais específico, como a solicitação de extratos antigos", diz Marcos Pó, técnico do Idec que coordenou o estudo.

Nas relações com os trabalhadores, a melhor nota obtida foi do Itaú (3,25), e a pior ficou com o Unibanco (1,75).

Liberdade sindical e pagamento de benefícios além do que estipula a lei, bem como ações de inclusão (contratação de mulheres, negros e deficientes) foram alguns dos aspectos analisados.

No quesito meio ambiente, diz a Reuters, as notas das instituições tiveram a maior variação. O Santander foi o banco com pior pontuação (1), seguido do Unibanco e Caixa Econômica Federal (1,5). As melhores pontuações foram do ABN Amro Real (3,5) e Bradesco e Itaú (3). Foram analisadas desde as políticas ambientais internas (redução no consumo de água e energia; reciclagem), até a adoção de critérios ambientais ao conceder crédito.


* Relatório Bancário


* Relatório Bancário
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