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Incorporação do Besc pelo BB deve ser no segundo semestre

O Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) deverá ter sua incorporação pelo Banco do Brasil (BB) concluída no segundo semestre. A previsão foi dada por Eurides Mescolotto, presidente do Besc, na sexta-feira. O prognóstico levou em conta a data do dia 20 deste mês, marcada, segundo ele, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assinar o decreto que retira o banco do Plano Nacional de Desestatização (PND), uma das condições necessárias para o processo.

"O decreto formaliza sua saída do PND. Assim, não haverá mais condição legal e formal de ser privatizado", comemorou Mescolotto. O Besc foi federalizado em 1999, entrando para o PND juntamente com outros dois bancos, o do Piauí e o do Maranhão. O Banco do Piauí já foi incorporado pelo BB e o do Maranhão foi comprado pelo Bradesco.

Depois da publicação do decreto, o Besc terá 30 dias para promover um edital para contratação de uma empresa para avaliação econômico-financeira do conglomerado. A companhia que vencer a licitação, por sua vez, terá 45 dias para realizar o estudo. O governo do Estado poderá participar do processo e terá que estar de acordo com a avaliação, uma vez que é um dos principais interessados porque parte do valor da avaliação do Besc vai ser abatido da dívida do Estado com o governo federal.

No dia 21 deste mês, o Besc e o BB assinam contrato de compartilhamento da rede de auto-atendimento, programa similar ao que o BB já possui com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste, e depois das avaliações, estão previstas duas assembléias de acionistas em cada um dos bancos envolvidos para apreciação da operação, encerrando o processo.

Na sexta-feira, além de comentar a incorporação, Mescolotto também divulgou o balanço anual do conglomerado, que inclui o banco, a empresa de crédito imobiliário (Bescri), a Besc Financeira, a empresa de arrendamento mercantil (Besc Leasing) e a Besc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (Bescval).

O lucro foi de R$ 69,9 milhões em 2007, 1,97% menor do que o resultado de 2006, que foi de R$ 71,2 milhões. Segundo ele, o Besc foi prejudicado pelas provisões, que somaram R$ 50 milhões em 2007, em boa parte por questões jurídicas como as referentes à atualização do plano Bresser nos depósitos de poupança. O resultado operacional do conglomerado foi de R$ 80,3 milhões em 2007, 17,4% superior ao de 2006.

As operações de crédito somaram R$ 673 milhões no ano passado, um crescimento de 16,32% sobre o resultado de 2006, de R$ 578,6 milhões. O volume de recursos em poupança apresentou forte evolução, de 25,9%, e atingiu R$ 2 bilhões, recorde para a instituição.

Para 2008, Mescolotto espera que o retorno alcance 20% do patrimônio líquido. Em 2007, o patrimônio líquido do conglomerado ficou em R$ 406,3 milhões. A expectativa é de crescimento de cerca de 15% nas operações de crédito, e os investimentos, principalmente em modernização tecnológica, somarão R$ 22 milhões, mesmo volume de 2007.
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