Mulheres negras sofrem discriminação em dose dupla, segundo o Dieese
As mulheres negras não só estão em desvantagem em relação à população não-negra, como também recebem menores salários e enfrentam maiores índices de desemprego quando comparadas com os homens negros.
No estudo, Recife apareceu como a capital da desigualdade, apresentando a segunda maior taxa de desemprego, o mais alto percentual de assalariadas sem carteira de trabalho e o menor rendimento das mulheres negras entre as capitais pesquisadas.
Ranking
O desemprego no Recife entre os negros só fica atrás de Salvador, onde foi verificado 26,3% (mulheres) e 20,7% (homens). Mesmo assim, no Recife a diferença entre os índices das trabalhadoras negras (25,6%) é bem maior que o dos trabalhadores negros (18,5%).
Apesar dos piores salários, os negros recifenses são os que possuem a maior jornada de trabalho semanal: 47h (negros) e 41h (negras). Em São Paulo, a média foi de 44 e 37, respectivamente. Outro ranking negativo para a capital pernambucana é que os negros estão inseridos no mercado de trabalho de forma mais vulnerável, ou seja, sem carteira de trabalho: 34,3% para os homens negros e 50,8%, para as negras - novamente, em situação de desvantagem.
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