Mulheres são as mais afetadas na pandemia
Por conta da pandemia do novo coronavírus, o cenário de desigualdade se tornou mais evidente. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta que o desemprego regional vai bater 13,5% no final de 2020, ou seja, 44,1 milhões de desempregados. Nesse contexto de crise global, as mulheres têm sido especialmente afetadas.
As mulheres, além de ocuparem os principais setores afetados pela pandemia, como hotelaria, alimentação e serviços domésticos, também são a maioria dentro da taxa de informalidade.
Apenas no Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estamos diante da menor participação de mulheres no mercado de trabalho dos últimos 30 anos.
Já as que conseguiram manter o emprego estão enfrentando o desafio de jornadas duplas, ou até mesmo tripla. A paralisação das aulas provocou um grande aumento na demanda de trabalho voltado ao trabalho reprodutivo.
Em toda a América Latina foram, pelo menos, 113 milhões de crianças que estão dentro de casa desde março e que geram uma imensa sobrecarga de trabalho.
