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Negociação com o Santander cobra o fim das demissões

São Paulo - Em reunião do CRT (Comitê de Relações Trabalhistas) realizada nesta sexta-feira, dia 7, houve um intenso debate sobre demissões e a falta de funcionários nos locais de trabalho. A COE (Comissão de Organização dos Empregados) cobrou da direção do Santander o fim das demissões imotivadas que continuam ocorrendo nas agências e departamentos, agravando a carência de funcionários, prejudicando o atendimento e, consequentemente, a imagem do banco.

"Não se justificam as demissões, principalmente as que atingem trabalhadores próximos à estabilidade pré-aposentadoria ou aquelas que ocorrem no dia seguinte ao término da estabilidade por motivos de saúde. É um tipo de demissão extremamente cruel e não contribui para um bom clima organizacional, refletindo inclusive nos resultados do banco", diz Mário Raia, coordenador da COE.

Mais uma vez, Gilberto Trazzi, Superintendente de Relações Sindicais do banco, reafirma que são os gestores que demitem. A COE voltou a insistir que esses cortes não se justificam e cobrou a reintegração dos demitidos. O banco respondeu que irá analisar individualmente os casos que vierem a ser apresentados pela representação.

Retenção de salário - Outro tema importante tratado no Comitê foi o problema enfrentado pelos funcionários afastados por problemas de saúde quando retornam ao trabalho. O banco não tem efetuado o desconto dos valores pagos a título de antecipação do benefício previdenciário no momento apropriado em que ocorre o crédito efetuado pelo INSS, o que causa um acúmulo da dívida a ser debitada no momento da volta do empregado à ativa.

Soma-se a isso o fato de as mensalidades da Cabesp e do Banesprev também deixarem de ser cobradas durante o período em que não há a complementação paga pelo banco. Como terão que pagar tudo de uma vez, os funcionários ficam sem salários.

A reivindicação é que seja definida uma regra, de modo que não haja acúmulo dos débitos e o funcionário não seja prejudicado. O banco faria o débito dos valores antecipados assim que o empregado receber os primeiros pagamentos do INSS.

Cabesp e Banesprev - Quanto às mensalidades da Cabesp e do Banesprev, foi solicitado que o funcionário possa optar pelo pagamento durante o período de afastamento (após começar a receber o benefício previdenciário) ou, no mês subseqüente ao retorno. A empresa ficou de estudar uma regra para ambos os casos.

Os representantes sindicais também denunciaram que vários trabalhadores portadores de LER/Dort, com alta no INSS ou reintegrados por decisão judicial, estão sendo realocados nos núcleos de processamento, como em São Paulo e Porto Alegre, onde não têm atividades para desempenhar. Estas pessoas estão sendo discriminadas e vítimas de assédio moral.

A representação defendeu o retorno aos seus setores de origem ou sejam realocados em outras unidades do banco, onde possam exercer atividades compatíveis com suas restrições. "Os bancários, que adoeceram trabalhando, precisam ser respeitados pelo Santander", afirma o diretor do Sindicato Mário Raia.

O Santander alegou que há funcionários que não aceitam realocação. Entretanto, prometeu solucionar os casos apresentados.

As negociações devem continuar no próximo dia 18, quando o banco dará retorno sobre as reivindicações feitas bem como se discutirá os demais pontos de pauta.
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