SEEB-BA realiza atividade na Campanha 16 Dias de Ativismo
Segundo a diretora do Sindicato, Nole Fraga, o ato é importante porque ajuda a conscientizar a população. "Durante as apresentações nas agências, podemos perceber a atenção que as pessoas deram ao assunto. O movimento busca o envolvimento da sociedade e o compromisso do Estado no enfrentamento da violência contra a mulher".
Os diretores Adelmo Andrade e Ronaldo Ornelas mais o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) participaram das atividades nos bancos, falaram sobre a violência contra a mulher e a importância da efetivação da Lei Maria da Penha, proibindo que o agressor seja punido com penas de cestas básicas e pagamento de multa.
Reclamações contra agressões podem ser feitas através do disque-denúncia 180. Mais informações sobre a campanha no site www.agende.org.br/16dias.
16 DIAS
No Brasil, a Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres começou em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Datas significativas na luta pelo fim da violência contra as mulheres e garantia dos direitos humanos estão inseridas nesses 16 dias. No dia 25 de novembro, comemora-se o Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, o 1º de dezembro é Dia Mundial do Combate à Aids, 6 de dezembro é Dia Nacional de Luta dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Violência doméstica na AL
Segundo o relatório Nem uma a mais. O direito de viver uma vida livre da violência de gênero na América Latina e no Caribe, produzido pelo Unifem, órgão das Nações Unidas, a violência doméstica é a maior causa de morte das mulheres nas regiões estudadas. No Brasil, pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo com 2.502 mulheres em 2001, incluída no mesmo documento da Unifem, mostra que, de cada 10 mulheres com mais de 15 anos três já sofreram agressões extremas.
De acordo com estudos, nessas regiões a sociedade não conseguiu se desprender da cultura machista, presente desde o tempo colonial, e que se reflete principalmente nas crenças e em diversos setores sociais, como a polícia, os meios de comunicação, serviços de saúde e o sistema público judiciário.
O documento também avaliou a quantidade de mortes entre mulheres, ocasionadas por maus-tratos sofridos pelos companheiros. Na Costa Rica, 61% dos homicídios de mulheres devem-se à violência de gênero. No Uruguai, a cada nove dias uma mulher é vítima de violência doméstica. Na Bolívia, 53% das mulheres que participaram de uma pesquisa em 2003 afirmaram que foram maltratadas pelos companheiros.