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Trabalhadores do sistema financeiro terão banco de dados nacional sobre saúde

A categoria bancária terá, a partir de janeiro, uma nova ferramenta que vai contribuir na luta pela saúde do trabalhador



A Contraf-Cut prepara, para o dia 20 de janeiro, o lançamento do Projeto Saúde Sentinela. O programa, que já funciona de forma experimental, vai catalogar e sistematizar todas as informações relacionadas à saúde da categoria, incluindo a documentação sobre pareceres e decisões judiciais a respeito do tema. "O processo depende da adesão das entidades", destaca o secretário de Saúde da Contraf-Cut, Plínio Pavão, que esteve na manhã desta quinta-feira, dia 6, na Casa dos Bancários para pedir a parceria do SindBancários. "O Sindicato de Porto Alegre tem um trabalho importante na área, que é feito através do Fiel Saúde", destaca o dirigente.


A reunião do Coletivo Nacional de Saúde, que acontece no dia 12, vai envolver representantes de sindicatos e federações de todo o País para apresentar o trabalho.


O Sindicato de São Paulo já está interligado e a expectativa é que outras entidades abasteçam o sistema o quanto antes. "Além de formarmos um raio X importante desta área, teremos um centro de documentação que possibilitá um intercâmbio valioso", enfatiza Pavão.


Segundo ele, últimos quatro anos foram de avanços para os trabalhadores no sistema financeiro na área de saúde. "Em primeiro lugar, pelo nível de consciência dos bancários", diz o dirigente. Plínio lembra que, há cinco anos, o tema sequer fazia parte da convenção e, nos últimos três anos, a saúde virou debate dentro da conferência, com encontros temáticos.


A própria Fenaban acabou reconhecendo a existência de uma das principais causas de doenças mentais entre os trabalhadores: o assédio moral. Embora não admita a denominação, os banqueiros admitiram, sim, que o problema faz parte da rotina dos bancos.


Graças a um estudo de 2004, coordenado pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, que mostrou os impactos do assédio moral para a categoria. O estudo científico revelou que 8% dos 400 mil bancários do País - o equivalente a 32 mil - sofriam, na época, assédio moral. Já 64% relataram algum tipo de violência.


Daí que surgiu o termo Assédio Moral/Violência Organizacional. "São indicadores preocupantes sobre a saúde mental dos trabalhadores", adverte Pavão. Embora o

estudo tenha sido acatado, não houve a formalização de um programa para debater o tema, proposto pela Contraf à Fenaban. "Ainda temos muito o que avançar e a nossa luta para mudar este quadro continua", destaca o dirigente.

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