Bancários da Bahia e Sergipe estão há 12 dias em greve

Os bancários estão no décimo segundo dia de greve e, por enquanto, a Fenaban não apresentou uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. Os trabalhadores continuam mobilizados protestando contra a postura dos bancos de desrespeito.

Em vez de negociar e apresentar uma proposta decente, os bancos seguem desrespeitando o direito de greve dos trabalhadores, buscando através dos interditos proibitórios impedir os piquetes nas agências. Mas a Justiça não tem acatado as ações, como ocorreu em Itabuna no caso do Bradesco e Itaú, por exemplo.

Na Bahia e Sergipe, são 1.013 agências sem funcionar, sendo 821 no território baiano e 192 no estado sergipano. Na base do Sindicato da Bahia, 462 unidades estão fechadas; de Vitória da Conquista, 70; de Feira de Santana, 34; de Ilhéus, 27; de Irecê, 37; de Jacobina, 28; de Jequié, 26; de Itabuna, 36; de Camaçari, 17; de Barreiras, 57; e de Juazeiro, 27.

Os bancários reivindicam:

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.