No 16º dia de greve, bancários da Bahia e Sergipe fecham 1.010 agências
Os bancários da Bahia e Sergipe seguem firmes na greve nacional da categoria, que completa 16 dias nesta sexta-feira (4). São 1.010 agências fechadas. A força da paralisação levou a Fenaban chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação, que acontecerá nesta sexta-feira (04), às 15h, em São Paulo.

A expectativa dos trabalhadores é que os bancos apresentem uma nova proposta que contemple as reivindicações de aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Na Bahia, os números registrados pela FEEB-BA/SE apontaram o fechamento de 838 agências: na base do Sindicato da Bahia, 477; de Vitória da Conquista, 71; de Feira de Santana, 34; de Ilhéus, 27; de Irecê, 37; de Jacobina, 28; de Jequié, 27; de Itabuna, 37; de Camaçari, 17; de Barreiras, 57; e de Juazeiro, 26. Em Sergipe, foram 172 unidades em greve.
Os bancários reivindicam:
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

